A Praça Cívica, localizada na região central de Goiânia, foi palco para a concentração e inicio da 15ª Parada Gay da cidade. O tema escolhido seguiu a tendência deste ano em todo o Brasil: pressionar os parlamentares para a criminalização da homofobia. Segundo estimativas da polícia, estiveram presentes cerca de 70 mil pessoas.
Quem preside a Associação da Parada do Orgulho LGBT de Goiânia é a trans Beth Fernandes. Em rápida conversa com a reportagem do site A Capa, Beth ressaltou que existe não "verba para fazer a Parada". "Temos apoio de outras secretarias que ajudam na articulação com Samu e polícia.
Desde o meio-dia o público já marcava presença e dançava ao som dos trios-elétricos que começavam a se posicionar. Comum em eventos do gênero, o alto consumo de bebidas de má qualidade por jovens era grande. Foi registrado, inclusive, coma alcoólico, segundo informações da equipe de primeiros-socorros.
A execução do Hino Nacional ocorreu às 17h20. A Parada seguiu pela Avenida Araguaia, que ficou completamente tomada de pessoas desfilando e fervendo ao som dos cinco trios que compuseram o evento.
Com o anoitecer, a falta de infra-estrutura e policiamento se tornou um problema para a manifestação que pretendia ser festiva e política. Casos de violência foram freqüentes e, por diversas vezes, os trios paravam a música para chamar atenção dos agressores e pedir vaias para a atitude. Atrás do último trio, uma multidão abriu espaço pelas vias laterais da Avenida Araguaia e começaram a correr com pedras nas mãos atirando-as contra a multidão.