O ano de 2024 se mostrou significativo para a comunidade LGBTIQ+ nas Filipinas, marcada por avanços importantes, mas também por desafios persistentes. A proposta da SOGIESC Equality Bill ainda não foi assinada, mas diversas cidades estão desenvolvendo ordenanças que penalizam a discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero, o que é um passo positivo em direção à igualdade.
Em 18 de janeiro, a segunda temporada do ‘Drag Den’, um reality show filipino pioneiro sobre drag queens, estreou na Amazon Prime Video, trazendo uma nova onda de visibilidade e celebração da cultura drag. A competição contou com dez participantes, e a 22 anos Deja, de Baguio City, conquistou o título de “Filipino’s Next Drag Supreme”.
No dia 9 de fevereiro, Marina Summers, uma drag queen filipina, se tornou a primeira competidora das Filipinas a participar de ‘RuPaul’s Drag Race: UK vs The World’, onde obteve um honroso terceiro lugar. No entanto, a luta por direitos e reconhecimento não foi isenta de dificuldades. Em 29 de fevereiro, Pura Luka Vega, uma artista drag, foi presa novamente em Manila por acusações relacionadas a performances consideradas “imorais”, gerando uma onda de apoio e protesto contra a repressão artística e a liberdade de expressão na comunidade LGBTIQ+.
Em junho, a comunidade se uniu para o evento ‘Love Laban 2 Everyone: Pride PH Festival’, que se tornou o maior evento do orgulho LGBTIQ+ na Ásia, atraindo cerca de 228.000 participantes. Durante o festival, a instalação de arte vestível, Amsterdam Rainbow Dress, fez sua estreia nas Filipinas, simbolizando a luta global pela igualdade e o respeito aos direitos LGBTIQ+.
No dia 14 de junho, a primeira Coalizão de Igualdade foi lançada, unindo mais de 200 organizações LGBTIQ+, grupos da sociedade civil e representantes do setor privado, com o objetivo de impulsionar a aprovação da SOGIESC Equality Bill. O mês de junho também foi marcado pelo reconhecimento de figuras influentes na luta pelos direitos LGBTIQ+, como Adrian Lindayag e Ice Seguerra, que foram homenageados no Philippine LGBTQ Icon Awards.
A cidade de Makati também fez história ao realizar seu primeiro evento do orgulho LGBTIQ+, ‘Spread the Love, Makati!’, promovendo a aceitação e a diversidade na comunidade. Além disso, Nesthy Petecio se destacou como a primeira atleta LGBTIQ+ a carregar a bandeira das Filipinas nas Olimpíadas, um marco histórico para a representação LGBTIQ+ no esporte.
Esses eventos e desenvolvimentos não apenas celebram os avanços, mas também ressaltam a necessidade contínua de luta pela igualdade e pelos direitos da comunidade LGBTIQ+ nas Filipinas e em todo o mundo. A narrativa de 2024 é uma mescla de celebração e resistência, onde cada conquista é um lembrete do caminho que ainda precisa ser percorrido.
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