No aniversário de 25 anos do icônico filme “Psicopata Americano”, a diretora Mary Harron compartilhou suas reflexões sobre a idolatria em torno do personagem Patrick Bateman, interpretado por Christian Bale. Em entrevista ao Letterboxd Journal, Harron expressou sua surpresa ao notar que muitas pessoas ainda veem Bateman como um ídolo, apesar de sua natureza satírica. “Não sei por que isso aconteceu, já que Christian está claramente fazendo uma crítica”, comentou a diretora. Ela ressalta que a vontade de emular Bateman é irônica, uma vez que o filme foi concebido como uma sátira da masculinidade tóxica e dos excessos do consumismo. Para Harron, Bret Easton Ellis, autor do romance que originou o filme, trouxe uma perspectiva única, sendo ele mesmo parte da comunidade LGBT, o que permitiu uma crítica mais profunda sobre os rituais de masculinidade entre homens. Ela descreve o filme como “uma sátira gay da masculinidade”, evidenciando a forma como esses homens fetichizam a aparência e a performance física.
Adicionalmente, Harron também abordou rumores sobre uma nova adaptação de “Psicopata Americano” com Austin Butler. O autor Bret Easton Ellis desmentiu tais rumores em seu podcast, afirmando não estar envolvido no projeto e sugerindo que as informações podem ser apenas “fake news”. Essa nova adaptação, caso venha a acontecer, suscitará debates semelhantes sobre a representação da masculinidade e a crítica social, temas que continuam relevantes e que fazem parte da discussão contemporânea na cultura pop, especialmente dentro da comunidade LGBT.
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