Uma pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde realizada em maio com jovens que participaram da Parada do Orgulho LGBT em São Paulo mostrou que o medo do preconceito e da discriminação faz com que os adolescentes homossexuais da capital paulista evitem ao máximo procurar unidades de saúde para acompanhamento médico.
Foram entrevistados durante o evento 576 adolescentes menores de 20 anos, dos quais 527 se declararam lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais. Desse total, apenas 41% disseram procurar assistência médica em locais considerados apropriados, como postos de saúde, clínicas ou hospitais. E a maioria dos que buscam assistência geralmente procuram os hospitais, normalmente para casos urgentes, não realizando acompanhamento regular.
Dos entrevistados, 82% disseram que gostariam de ser atendidos nos serviços de saúde sem preconceitos e com respeito, e avaliaram os serviços de saúde como inadequados e excludentes.
A Secretaria está desenvolvendo programa específico para atendimento de adolescentes LGBT em todo o Estado, estruturando a rede pública de saúde para lidar com esses jovens, focando a prevenção de doenças e promoção de saúde. Será realizada uma ampla capacitação de profissionais de saúde em todo o Estado para o atendimento a esses jovens.