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5ª temporada do seriado lésbico “The L Word” aborda homofobia militar

Ainda sem data de estreia no Brasil (nos Estados Unidos já está sendo exibida a 6ª e última temporada), a 5ª temporada do seriado lésbico "The L Word" é com certeza a mais polêmica e contundente de todas as anteriores. Deixando o sexo um pouco de lado, a penúltima fase da série, produzida pelo canal Showtime, se foca no tema homofobia militar.

Aviso: o texto a seguir se trata de um spoiller, ou seja, serão contadas cenas que irão acontecer na quinta temporada do seriado.

Quem carrega a peça é a personagem Tasha (Rose Rollins), que entrou na série na metade da quarta temporada. A bela moça negra é a típica norte-americana, patriota, militar e que acredita estar defendendo o seu país em terras iraquianas ou afegãs. Ver-se-á sofrendo um processo por homofobia. Sabe-se que nos Estados Unidos impera a política "dont ask, dont tell" dentro dos quadros militares, ou seja, vive-se no armário.

Porém, Tasha é vista na companhia de Alice (Leisha Hailey), sua companheira, por colegas do exército. A partir daí inicia-se uma investigação sobre a sua vida e de sua namorada. Em uma tarde, Alice é cercada por dois militares que entram em seu apartamento, fazem insinuações quanto a vida das moças e ameaças. O advogado de Tasha diz que tal acusação é a pior que pode acontecer a um militar, e que ninguém sai ileso.

Como arma de defesa, Tasha irá mentir quanto a sua orientação sexual. Ela e Alice irão inventar que são primas ou coisa do tipo. Mas, a militar já não está mais tão crédula quanto os valores das Forças Armadas e, próximo de seu julgamento, tem uma briga feia com Alice. Durante o julgamento, Tasha "acorda" e diz que tudo aquilo se trata de uma grande farça. Pois, independente de sua orientação sexual, sempre foi uma grande soldada e morreria por seu País. Antes do veredito, Tasha entrega a farda e sai correndo ao encontro de Alice que sempre tentou fazê-la abrir os olhos.

Além da homofobia declarada, a quinta fase de The L Word retrata também a homofobia internalizada ao abordar a história de um jogador de basquete, nacionalmente conhecido, que é visto por Alice em uma festa privê aos beijos e abraços com o seu namorado. Alice faz, secretamente, um vídeo da cena. No dia seguinte a festa, a moça, que é jornalista e tem um famoso podcast na internet, vê o mesmo jogador de basquete fazendo declarações homofóbicas de que não gostaria de "ter viadinhos no mesmo vestiário que o seu".

Inconformada com o fato, Alice resolve editar e soltar o vídeo na web. A controvérsia é nacional. O jogador é obrigado em rede nacional a assumir a sua homossexualidade e diz ainda que irá se tratar dessa "doença". Os ativistas norte-americanos se dividem, de um lado dizem que é errado colocar as pessoas para fora do armário desse jeito. Na outra ponta, Alice é eleita a lésbica do ano e ganha convite para estrelar um programa de televisão, sendo comparada a Ellen Degeneres, que também é lesbica e tem um talk show.

Outro grande momento do seriado é o retrato do presídio feminino. A personagem Helena Peabody (Rachel Shelley) deu um golpe milionário e acabou presa. Lá dentro, por motivo de sobrevivência, faz amizade com uma garota e acaba por se apaixonar. Ao sair do presídio, ela foge do domínio de sua mãe e, como tem o dinheiro do golpe escondido, irá fugir, pagar a fiança da outra presidiária e sumir com ela.

Nota-se que, a 5ª temporada do seriado The L Word é a mais contestadora e segue entre os melhores. Originalmente era pra ser a última temporada, mas devido ao grande sucesso, a produtora ShowTime resolveu fazer uma 6ª temporada com 7 episódios. Segundo a criadora da série, Ilene Chaiken, existe a grande possibilidade de levar The L Word para o cinema. Na verdade, já há negociações acontecendo em torno disso. Cruzem os dedos meninas!

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