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8ª Feira Cultural GLBT

A 8ª edição da Feira Cultural GLBT, que aconteceu nesta quinta-feira (22), em São Paulo, foi marcada pela diversidade de público e programação e por seu evidente caráter político.

Segundo a assessoria da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, cerca de 180 mil pessoas – número final e não oficial – prestigiaram o evento realizado este ano na Praça da República, centro da cidade.

Ao contrário das edições passadas, quando o público ficava limitado a espaços mais reduzidos, desta vez foi possível circular com mais tranqüilidade e conforto pelas ruas próximas à praça, onde estavam os stands de empresas, patrocinadores e entidades.

No início da tarde, no enorme palco montado em plena praça, a cantora mineira Bella Guima se apresentou para um público ainda pequeno mas animado. No final do show, a cantora fez um protesto bem humorado a favor da união civil gay, levando ao palco um casal de mulheres vestidas de noivas.

Em seguida, a APOGLBT iniciou a entrega do 8º Prêmio Cidadania, que destaca ações políticas e culturais relativos à valorização da cidadania de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. A atriz Bruna Lombardi e seu marido Carlos Alberto Riccelli foram pessoalmente receber o prêmio na categoria “Cinema” pelo filme “O Signo da Cidade”. Outro destaque foi o prêmio entregue à organização das paradas de Moscou e Jerusalém, que foram oficialmente anunciadas como “paradas irmãs” da parada de São Paulo.

A 8ª Feira Cultural GLBT também contou com a presença da madrinha oficial da parada, a drag Silvetty Montilla, que abriu os shows de drags e DJs. O evento foi encerrado pela banda Montage.

Bastidores
Celebridades, organização e imprensa movimentaram os bastidores da Feira.

Cercada por diversos repórteres e fotógrafos logo após deixar o palco, a atriz Bruna Lombardi falou à reportagem do Dykerama.com sobre a importância da homenagem que recebeu da Associação. “O prêmio é de grande importância porque reconhece meu trabalho, que é todo voltado para a diversidade. O próprio ‘O Signo da Cidade’ defende uma história de amor gay e mostra que todo ser humano tem que ser tratado com o mesmo respeito”, disse a atriz.

Sobre a parada, Bruna defendeu a manifestação, dizendo que ela não perdeu seu caráter de reivindicação. “Fazer alegria não desmerece o caráter político da parada. É uma demonstração de força que as pessoas precisam respeitar”, declarou.

Animada com o sucesso de seu show, a cantora Bella Guima também falou sobre o respeito à diversidade, evidenciado pela letra de sua música “Ajoelha e Reza”, que aborda o amor entre duas mulheres. “Eu canto sobre o amor. E o amor não tem sexo”, disse a cantora.

Esbanjando simpatia, a drag Silvetty Montilla comentou sobre o fato de ser tão requisitada para shows em todo o Brasil. “Só ontem eu fiz seis shows, inclusive um em Campinas às 4h da manhã”, contou. “Depois da parada, farei mais oito”, acrescentou a incansável Silvetty.

A programação oficial da 12ª Parada do Orgulho GLBT de São Paulo continua até domingo. Nesta sexta (23) acontece o I Encontro Nacional da Rede Brasileira de Comunicadores GLS, evento que vai reunir jornalistas e profissionais de mídia para discutir os rumos do jornalismo GLS no Brasil.

Para saber mais sobre a programação, acesse www.paradasp.org.br.


:: Confira no álbum quem esteve na 8ª Feira Cultural.

Disponivel.com enviará conteúdo por bluetooth na parada gay; Além de chat SMS

Homenagem