A icônica cantora Roberta Miranda, conhecida por sua contribuição ao gênero sertanejo, lançou recentemente sua autobiografia intitulada ‘Um Lugar Todinho Meu’, onde ela abre seu coração sobre sua vida pessoal e profissional. Em um dos trechos mais impactantes do livro, Roberta revela que durante muitos anos escondeu sua orientação sexual por medo de rejeição, uma experiência que ressoará profundamente com muitos na comunidade LGBT, que frequentemente enfrentam desafios similares.
A artista, que hoje se identifica como pansexual, menciona que esta repressão estava ligada a uma promessa feita à sua mãe em seu leito de morte. “Naquela época, tudo era muito escondido, carreiras eram destruídas por conta de escândalos sexuais”, compartilhou Roberta, refletindo sobre um passado em que a aceitação era ainda mais difícil.
Um dos momentos mais emocionantes do livro é quando Roberta lembra de sua primeira paixão, uma amizade com Vanda, que visitava sua casa e compartilhava o quarto com ela. “Dormia na mesma cama que eu, inclusive, mas sem sexo, só um carinho bem puro. Mesmo assim, me vi apaixonada por ela, mesmo sem saber como lidar com isso”, relata a cantora, que também enfrenta a complexidade de perceber que seu pai tinha interesse pela mesma mulher.
Roberta Miranda utiliza sua autobiografia não apenas para narrar sua trajetória profissional, mas também para abordar questões de sexualidade e preconceito, especialmente no contexto de famílias tradicionais e católicas. Sua coragem em compartilhar essas experiências pode servir de inspiração e apoio para muitos que ainda lutam para se aceitar. Com a publicação de ‘Um Lugar Todinho Meu’, Roberta não só revela sua história pessoal, mas também representa um passo importante na visibilidade e aceitação da diversidade sexual na sociedade brasileira.
