Estrela do reality e juiz da versão filipina, Jiggly Caliente deixa legado de humor, dança e representatividade trans
O mundo do drag e da comunidade LGBTQIA+ está de luto com a perda de Jiggly Caliente, uma das estrelas mais queridas do reality show RuPaul’s Drag Race. Aos 44 anos, Jiggly faleceu após complicações de saúde, deixando um legado poderoso de representatividade, coragem e arte em cena.
Trajetória de uma estrela que iluminou palcos e corações
Nascida em 29 de novembro de 1980, em San Pedro, nas Filipinas, Jiggly Caliente imigrou para os Estados Unidos ainda criança. Seu nome artístico é uma homenagem carinhosa à Jigglypuff, personagem do universo Pokémon, refletindo sua personalidade vibrante e lúdica. A artista conquistou os holofotes ao participar da quarta temporada de RuPaul’s Drag Race em 2012, encantando o público com seu humor afiado, dança vigorosa e carisma único.
Com sua entrada marcante, Jiggly quebrou barreiras ao se assumir como mulher trans em 2016, tornando-se um símbolo de visibilidade e força para muitas pessoas trans no mundo todo. Em suas próprias palavras, em uma publicação no Trans Day of Visibility, ela ressaltou a importância da luta coletiva pela igualdade, reforçando que a comunidade trans é parte fundamental desse movimento.
De competidora a jurada: ampliando horizontes e impactando gerações
Além de sua participação nas temporadas regulares e na edição All Stars do programa, Jiggly Caliente também brilhou como jurada na versão filipina de RuPaul’s Drag Race, onde sua experiência e autenticidade inspiraram uma nova geração de artistas drag nas Filipinas, seu país natal.
Seu talento ultrapassou os limites do reality show, com uma participação contínua na série Pose, onde viveu Veronica Ferocity, uma lojista que refletia a diversidade e as batalhas da comunidade LGBTQIA+ dos anos 1980 em Nova York, EUA.
Legado de resistência, amor e arte para a comunidade LGBTQIA+
Jiggly Caliente era muito mais do que uma drag queen talentosa. Ela era uma voz vibrante para as pessoas LGBTQIA+, em especial para as mulheres trans e pessoas racializadas. Sua trajetória mostrou que enfrentar desafios, como a perda da maior parte da perna direita após uma grave infecção, não apagava seu brilho e determinação.
Seu humor, suas performances enérgicas e a forma como se conectava com fãs e colegas no palco transformaram-na em uma verdadeira inspiração. Ela mostrou que existe espaço para todas as expressões de gênero, corpos e histórias dentro do drag e da cultura queer.
Neste momento de despedida, celebramos Jiggly Caliente como um símbolo de resistência e empoderamento, que nos lembra da importância da representatividade e da luta constante por respeito e igualdade. Seu legado continuará a iluminar os palcos e corações de todos que acreditam na força do amor, da arte e da autenticidade.
Que tal um namorado ou um encontro quente?