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Ator Terrence Howard recusa papel por se recusar a beijar homem

Ex-astro de Empire revela que não aceita interpretar personagens gays que exigem beijo masculino

Terrence Howard, conhecido por sua atuação na série Empire, causou repercussão ao revelar que recusou papéis importantes por não querer fingir beijo em cena com outro homem. Em entrevista ao podcast “Club Random”, apresentado pelo comediante Bill Maher, o ator explicou que chegou a ser convidado para interpretar ícones da música como Marvin Gaye e Smokey Robinson, mas decidiu não aceitar os convites por motivos pessoais e artísticos.

Howard contou que sua decisão está ligada à questão de ser fiel a si mesmo ao interpretar personagens que não compreende totalmente, especialmente quando envolvem demonstrações físicas de afeto com homens. Ao saber de rumores sobre a sexualidade de Marvin Gaye, que segundo o produtor musical Quincy Jones seria bissexual, o ator afirmou: “Eu não fingo. Se eu tivesse que beijar um homem, eu cortaria meus lábios fora.”

Entre o papel e os próprios limites

Apesar de não se considerar homofóbico, Terrence Howard estabeleceu um limite claro para seus trabalhos. Ele frisou que não consegue se entregar a interpretações que envolvem beijo entre homens e que isso o impede de aceitar certos papéis. Esse posicionamento gerou críticas nas redes sociais, principalmente porque o ator já interpretou personagens complexos, inclusive um pai homofóbico na própria série Empire, que chegou a colocar seu filho em uma lata de lixo ao descobrir sua homossexualidade.

Usuários de plataformas como Threads questionaram a coerência do ator, lembrando que ele se dispôs a interpretar personagens com atitudes homofóbicas, mas não aceita cenas que envolvam beijo gay. Outros apontaram que sua postura parece indicar uma resistência em trabalhar com determinados temas, o que pode limitar seu alcance artístico.

Reflexões sobre representação e autenticidade

O caso de Terrence Howard traz à tona debates importantes sobre representação LGBTQIA+ na mídia e os desafios enfrentados por atores cis heterossexuais ao interpretarem personagens queer. Enquanto a autenticidade na interpretação é fundamental, a recusa em representar afetos entre pessoas do mesmo sexo pode reforçar preconceitos e perpetuar estigmas.

Para uma audiência diversa e inclusiva, como a comunidade LGBTQIA+ do site acapa.com.br, é essencial que as produções audiovisuais contem com profissionais dispostos a abraçar a pluralidade das experiências. A arte tem o poder de transformar percepções e promover empatia, e a recusa de atores em vivenciar certas realidades em cena pode ser um obstáculo para essa evolução.

Terrence Howard segue sendo uma figura emblemática na indústria do entretenimento, mas seu posicionamento evidencia as tensões entre limites pessoais e o compromisso com a diversidade representativa. A conversa sobre quem pode ou deve interpretar personagens LGBTQIA+ continua sendo necessária, especialmente para ampliar vozes e narrativas que refletem a riqueza da comunidade.

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