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Nikki Amuka-Bird e o poder da representatividade queer na atuação

Atriz fala sobre autoconfiança, sonhos e o desejo de ter drag queens de RuPaul para contar sua história

Nikki Amuka-Bird, atriz nigeriana radicada em Londres, revela em uma conversa íntima e cheia de personalidade como a representatividade e a autenticidade moldam sua trajetória artística e pessoal. Com uma carreira que inclui papéis marcantes na televisão e no teatro, Nikki compartilha suas inspirações, medos e desejos, refletindo sobre o impacto da cultura LGBTQIA+ em sua vida.

Confissões de uma mulher que abraça sua singularidade

Conhecida por seu talento e presença marcante, Nikki não esconde suas vulnerabilidades. Ela admite que a insegurança às vezes se disfarça de perfeccionismo, e que a ansiedade social pode atrapalhar até mesmo eventos festivos. Ainda assim, sua resiliência e otimismo a impulsionam a seguir em frente, sempre buscando ser fiel a si mesma.

Entre as peculiaridades que compartilha, a atriz fala sobre a característica que mais a incomoda: o espaço entre os dentes frontais, algo que tentou corrigir, mas que também faz parte de sua identidade visual única. Nikki confessa ter saudade dos tempos em que escolher um filme na locadora Blockbuster era um ritual especial, um resgate de memórias afetivas que a conectam com o passado.

O sonho queer: drag queens para interpretar sua vida

Em um gesto que celebra a diversidade e o brilho da comunidade LGBTQIA+, Nikki revela que gostaria que sua biografia fosse transformada em um “Rusical” – um musical inspirado no estilo de RuPaul’s Drag Race –, com drag queens interpretando diferentes fases de sua vida. Essa ideia não só reforça a importância da cultura drag na representatividade, como também sinaliza o desejo de abraçar narrativas que fogem do convencional e exaltam a pluralidade.

Amor, luta e inspiração

Para Nikki, o amor verdadeiro é representado pela relação com a mãe, que lhe ensinou a desconsiderar as limitações impostas pelos outros. Ela traduz o amor como uma sensação de estar em alta definição, com a vida ao seu favor. Mesmo diante dos desafios, ela mantém a esperança e a criatividade como motores do seu caminho.

Quando se trata de fama e fama, Nikki destaca que o trabalho de ator é, por si só, uma exposição constante e que a vergonha faz parte do processo. Sua maior frustração, no entanto, veio de um momento em que um colega de cena questionou sua forma de interpretar logo após sua saída da escola de teatro, um episódio que a motivou a persistir.

Reflexões para a comunidade LGBTQIA+

O relato de Nikki Amuka-Bird é um convite para que cada pessoa, especialmente dentro da comunidade LGBTQIA+, se permita ser autêntica, reconheça suas vulnerabilidades e celebre as diferenças. Sua história reforça que a representatividade na arte é fundamental para construir espaços mais inclusivos e para que vozes diversas sejam ouvidas e valorizadas.

Em meio a medos e imperfeições, Nikki inspira a todos a seguirem “onwards and upwards” – sempre em frente e para cima –, com coragem, amor próprio e a certeza de que pertencemos a um universo maior de possibilidades e afetos.

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