Designer Param Sahib denuncia violência e mensagens de ódio em seu espaço de criação
O renomado estilista e artista queer Param Sahib viveu momentos de dor e revolta ao descobrir que seu estúdio em Delhi foi alvo de um ataque brutal na noite de sábado. Reconhecido por seu trabalho criativo e engajado, Param compartilhou em suas redes sociais imagens e vídeos que mostram a devastação causada por vândalos, que não apenas destruíram equipamentos e amostras de roupas, mas também picharam palavras homofóbicas nas paredes do local.
Em um relato emocionante, o artista, de 36 anos, aparece chorando ao documentar os estragos, descrevendo o episódio como um verdadeiro “crime de ódio”. “Alguém invadiu meu escritório, quebrou tudo, desmontou máquinas, espalhou minhas roupas pelo chão e escreveu xingamentos homofóbicos nas paredes”, contou ele, visivelmente abalado.
O impacto da violência e o peso da luta diária
Param revelou que esta não é a primeira vez que seu espaço é alvo de vandalismo — em cinco anos, seu estúdio já foi invadido duas vezes. No entanto, a violência e a brutalidade do último ataque o deixaram profundamente abalado e exausto. “Não sei mais o que fazer. Estou cansado, doente dessa luta que nem é minha. Apenas quero trabalhar com sinceridade, sem ter que enfrentar ódio e preconceito”, desabafou.
Além do vandalismo físico, o designer também relatou ter recebido ameaças nas redes sociais desde que começou a produzir conteúdo voltado para a comunidade LGBTQIA+. “Os últimos meses têm sido extremamente difíceis mentalmente, e o ataque ao meu estúdio é devastador. Sinto-me sem palavras, completamente vazio”, afirmou.
Quem é Param Sahib?
Param Sahib nasceu em 9 de maio de 1989 em Delhi e é formado em Design de Moda pelo NIFT Bengaluru. Antes de lançar sua marca homônima em 2016, ele teve passagem por projetos na indústria cinematográfica e publicitária, além de fundar a primeira sociedade de moda da Kirori Mal College, onde estudou inglês.
Seu trabalho conquistou o público e celebridades como Taapsee Pannu, Raja Kumari e Regina Cassandra já vestiram suas criações, que são reconhecidas por unir estilo com atitude e representatividade.
Um chamado por amor e respeito
Em meio à tristeza, Param fez um apelo contundente e cheio de esperança: “Espero que as pessoas escolham o amor e a paz em vez desse crime de ódio que só traz dor e divisão”. Sua coragem em expor a violência vivida inspira a comunidade LGBTQIA+ e aliados a continuarem lutando por espaços seguros e respeito à diversidade.
Esse episódio escancara o desafio diário que muitos artistas e pessoas LGBTQIA+ enfrentam ao expressar sua identidade e criatividade. É urgente que a sociedade se una para combater o preconceito e garantir que a pluralidade floresça livremente, sem medo ou violência.
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