Conheça Lary, mulher negra que transforma sua voz e talento em hits para Anitta, Ludmilla, IZA e Gloria Groove
Se você já cantou algum sucesso de Anitta, Ludmilla ou IZA, é muito provável que tenha escutado uma composição da incrível Lary, uma das mentes criativas mais brilhantes da nova geração da música brasileira. Negra, mulher e artista multifacetada, Lary vem conquistando seu espaço ao equilibrar com leveza e organização sua carreira nos palcos e nos estúdios.
Com canções que transitam do pop dançante às baladas românticas, ela escreve para nomes de peso como Gloria Groove, Pedro Sampaio, Lexa, Luísa Sonza e até Thiaguinho, mostrando sua versatilidade e sensibilidade para adaptar sua criação à identidade única de cada artista. A canção “Nosso Primeiro Beijo”, interpretada por Gloria Groove, não só ganhou prêmio Multishow como também é um exemplo da ousadia da compositora ao criar letras que fogem do comum e conquistam o público.
Do estúdio para o palco: uma trajetória de sonhos e resistência
Além de compositora, Lary também é cantora e acredita que essas duas facetas se fortalecem mutuamente. Ela revela que a organização e o foco são fundamentais para gerenciar suas duas carreiras, sempre de olho nos próximos passos, sem perder a leveza e a paixão pela música.
Em um mercado musical ainda marcado por preconceitos de gênero, Lary enfrenta desafios diários. Compartilha que já passou pela experiência de não ser ouvida em uma roda de composição por ser a única mulher presente, uma realidade que ela encara com paciência e resiliência, buscando sempre transformar essas barreiras em combustível para sua arte.
Ela também destaca a importância da imagem e do comportamento para garantir respeito, algo que ainda pesa para mulheres em ambientes profissionais. Para Lary, ser mulher na música é um ato de resistência e afirma com orgulho o espaço que vem conquistando.
Processo criativo e parcerias que inspiram
O processo de criação de Lary é marcado por profunda pesquisa e empatia. Ela estuda o estilo, a linguagem e até o vocabulário dos artistas para quem escreve, garantindo autenticidade em cada parceria. Essa dedicação é o que permite que ela transite com facilidade por diferentes gêneros e sonoridades, do pagode ao pop, sempre com muita alma e originalidade.
Entre suas composições mais conhecidas estão “Saudade da gente” da Ludmilla, “Motinha 2.0” com Dennis e Luísa Sonza e “Quase Não Namoro”, hit de Juliette e Marina Senna. Algumas canções, como “Em Busca da Minha Sorte”, gravada por Thiaguinho, nasceram de sentimentos pessoais e encontraram donos inesperados, mostrando a magia e a força transformadora da música na vida de todos nós.
Sonhos em construção e música como potência
Para Lary, viver da música é um privilégio que ela valoriza a cada dia. Seus sonhos são grandes e cheios de significado: um deles é gravar ao lado de Ivete Sangalo, sua artista favorita desde sempre. Ela não se apega a disputas de rankings, mas sim a ver o público cantando suas canções em coro, sentindo a emoção que só a música pode proporcionar.
Além do reconhecimento artístico, a composição transformou a vida financeira de Lary, conquistando sua independência e fortalecendo seu lugar no mercado. Sua história é um exemplo vibrante para a comunidade LGBTQIA+ e para todas as mulheres que buscam espaço, respeito e voz na indústria musical.
Com talento, garra e coração, Lary segue compondo histórias que embalam vidas e empoderam quem escuta. Sua voz, mesmo quando está por trás dos microfones de outros artistas, reverbera como símbolo de resistência, diversidade e representatividade.
