Estilo e representatividade marcam o retorno poderoso de Madonna ao tapete vermelho, celebrando a cultura negra e a identidade LGBTQIA+
Após sete anos afastada, Madonna fez um retorno triunfante ao Met Gala 2025, um dos eventos mais aguardados e emblemáticos do universo fashion. Para a edição deste ano, cujo tema foi “Tailored for You” (Feito Sob Medida para Você), a cantora escolheu um look icônico que reverberou tanto na moda quanto na representatividade: um smoking creme de seda peached, assinado por Haider Ackermann para Tom Ford, complementado por uma camisa branca com plastron piqué e gravata borboleta, além de joias deslumbrantes da Diamonds Direct.
O poder da colaboração e da história queer negra
O estilista Haider Ackermann, conhecido por sua sensibilidade única, foi chamado para criar a peça especialmente para Madonna. Segundo sua estilista, Rita Melssen, a ideia surgiu de uma profunda pesquisa sobre o estilo Black dandy ao longo das décadas, com ênfase nas expressões de gênero e identidade que marcaram a comunidade negra LGBTQIA+. A inspiração principal veio de Gladys Bentley, uma cantora de blues lésbica negra que, na década de 1920 em Nova York, desafiava convenções ao se apresentar com ternos brancos, chapéu e uma atitude revolucionária.
“Gladys Bentley foi uma das primeiras dandies negras femininas, e sua ousadia abriu caminhos para que a identidade de gênero e a sexualidade fossem vistas sob novas perspectivas”, destaca Melssen. Madonna, que sempre desafiou os padrões de gênero e sexualidade, abraçou imediatamente essa referência, reconhecendo-se como uma dandy contemporânea que honra as pioneiras que vieram antes dela.
Uma conexão profunda entre artistas e cultura
Além do vínculo histórico, a relação entre Madonna e Haider Ackermann teve um toque pessoal e afetivo. Haider, adotado e criado na África, encontrou uma afinidade com Madonna, mãe de quatro filhos adotivos e engajada em causas no continente africano. Essa sintonia foi decisiva para que o estilista vestisse a cantora com uma peça que não só destacava sua elegância, mas também sua essência e compromisso com a diversidade.
O processo criativo foi intenso, porém ágil: em apenas três semanas, o look foi concebido, aprovado e ganhou vida para o grande evento. O momento em que Madonna vestiu a criação pela primeira vez foi mágico, com arrepios e emoção compartilhados por todos os envolvidos, incluindo Haider, que sentiu a potência da união entre moda, história e identidade.
Representatividade que transcende o tapete vermelho
O retorno de Madonna ao Met Gala não foi apenas um desfile de moda, mas uma celebração da cultura queer negra e da luta por visibilidade e respeito. Ao escolher um look que homenageia uma figura como Gladys Bentley, a cantora reafirma seu papel como ícone LGBTQIA+ que honra suas raízes e inspira novas gerações a se expressarem autenticamente.
Em tempos onde a representatividade importa mais do que nunca, o Met Gala 2025 se destacou como um palco onde moda, história e identidade se entrelaçam, mostrando que estilo é também uma poderosa ferramenta de afirmação e resistência.
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