Estrelas LGBTQIA+ brilham com peças históricas que contam histórias de poder e representatividade
Em 2025, o tapete vermelho dos principais eventos de premiação ganhou uma nova e poderosa narrativa: a volta triunfante das joias de arquivo. De Los Angeles, Estados Unidos, até Hollywood, peças raras e históricas resgataram o brilho de diferentes épocas, trazendo ao presente não apenas beleza, mas também um significado profundo sobre a representatividade e a resiliência.
Arquivos que iluminam a cena LGBTQIA+
Celebridades que transitam entre os universos queer e aliados se destacaram ao escolher joias que carregam histórias, muitas vezes esquecidas, mas agora celebradas com orgulho. Essas peças não são apenas acessórios; são símbolos vivos de uma herança que ultrapassa o tempo, reafirmando a importância do passado na construção da identidade e do empoderamento.
Por exemplo, a atriz Elle Fanning surpreendeu ao usar um colar Cartier vintage, datado de 1958, durante a cerimônia do Oscar em Hollywood, Estados Unidos. A peça, com seu design delicado e atemporal, remete a uma época em que a joalheria já começava a se libertar dos padrões tradicionais, assim como a comunidade LGBTQIA+ luta por espaço e visibilidade até hoje.
O poder do ouro amarelo e do design histórico
Outros destaques incluem as escolhas do ator Colman Domingo e Jeremy Allen White, que apresentaram joias em ouro amarelo da década de 1940, em pleno tapete vermelho dos Oscars e dos SAG Awards. Essas peças evidenciam a predominância desse metal naquele período, além de refletir uma era marcada por desafios e superações — um paralelo direto com as batalhas pela igualdade que reverberam até nossos dias.
Já Mikey Madison resgatou o charme da era eduardiana com um colar de platina da Tiffany criado entre 1909 e 1919. Essa escolha profunda mostra como a evolução tecnológica impactou o design das joias, com detalhes delicados que dialogam com a estética Art Déco — um movimento revolucionário que, assim como a luta LGBTQIA+, quebrou paradigmas e reinou na cultura e na moda.
Lady Gaga e o resgate das vozes femininas na joalheria
Um dos momentos mais emocionantes foi protagonizado por Lady Gaga no Grammy Awards em Los Angeles, Estados Unidos. Ela usou um colar da Tiffany dos anos 1930, criado pela designer Meta Overbeck, uma das mulheres pioneiras que trabalharam na lendária casa Louis Comfort Tiffany. A peça, com pedras como turmalina, pérola e ônix, não só encantou pelo design, mas também simbolizou a valorização das vozes femininas e queer na história da joalheria.
Essa escolha não apenas reflete a singularidade de peças de arquivo, mas reafirma o poder transformador que a joia tem: resistir ao tempo, contar histórias esquecidas e inspirar novas gerações a se expressarem com autenticidade e orgulho.
Por que as joias de arquivo importam para a comunidade LGBTQIA+
Para o público LGBTQIA+, a valorização dessas joias históricas vai além do brilho estético. Trata-se de reconhecer e celebrar trajetórias, muitas vezes invisibilizadas, que fazem parte da construção da nossa identidade coletiva. Usar uma peça que atravessou décadas é um ato de afirmação, uma declaração de que pertencemos a uma história rica, diversa e cheia de resistência.
Em 2025, mais do que nunca, as joias de arquivo no tapete vermelho simbolizam essa conexão vital entre passado e presente, entre arte, cultura e política. Elas iluminam não só os corpos e rostos das estrelas, mas também os corações e a alma de uma comunidade que segue em constante luta por visibilidade, respeito e amor.