Plataformas e autoridades unidas para combater conteúdo de inses e proteger crianças no ambiente digital
Nos últimos dias, um grupo no Facebook chamado “Fantasi Sedarah” gerou revolta nacional ao divulgar conteúdos que abordavam relações de inses, ou seja, relações sexuais entre membros da mesma família, muitas vezes envolvendo menores de idade. A plataforma Meta, responsável pelo Facebook, suspendeu e removeu o grupo por violar suas políticas, mas as autoridades brasileiras já estão mobilizadas para aprofundar as investigações e punir os responsáveis.
Resposta rápida das autoridades e do Ministério da Comunicação
A Polícia Civil de São Paulo, por meio da Diretoria de Crimes Cibernéticos da Polda Metro Jaya, afirmou que está investigando o caso e em contato direto com a Meta para mapear os envolvidos. O vice-ministro da Comunicação e Digital, Angga Raka Prabowo, reforçou que o Ministério já denunciou oficialmente esses grupos e está acompanhando de perto a ação das plataformas para impedir a proliferação desse tipo de conteúdo, que fere direitos humanos e normas legais vigentes no Brasil.
Além disso, o Ministério está empenhado em ampliar a fiscalização digital para garantir um ambiente online seguro, principalmente para crianças e adolescentes, que são as maiores vítimas desses crimes.
Grupos assim representam perigo real e imediato
O vice-presidente da Comissão de Segurança Pública do Congresso, Ahmad Sahroni, declarou que grupos que disseminam fantasias de inses são um terreno fértil para possíveis abusos sexuais reais, colocando em risco a integridade física e psicológica de vítimas potencialmente muito próximas dos autores, como filhos e irmãos.
“Esses espaços virtuais não devem existir em nossa sociedade. Precisamos agir de forma preventiva, identificando e apoiando psicologicamente os envolvidos antes que fantasias se transformem em violência concreta”, afirmou Sahroni.
Casos reais em Medan e medidas legais
Recentemente, em Medan, no norte da Indonésia, uma investigação policial resultou na prisão de irmãos envolvidos em um caso real de inses, o que reforça a urgência de ações efetivas contra essas práticas. No Brasil, a legislação é clara ao tipificar relações sexuais entre parentes próximos como crime, com penas que podem chegar a até sete anos de prisão, além de enquadrar a disseminação de pornografia infantil e abuso contra menores como delitos gravíssimos.
O Código Penal e a Lei de Proteção à Criança e ao Adolescente impõem punições severas para quem comete ou estimula tais práticas, buscando proteger os direitos e a dignidade das vítimas.
Compromisso da sociedade digital e da comunidade LGBTQIA+
Para a comunidade LGBTQIA+ e todos os usuários da internet, é fundamental manter vigilância ativa e denunciar qualquer conteúdo abusivo ou ilegal, como os grupos de inses, que ameaçam a diversidade e o respeito às diferenças. Espaços digitais seguros são essenciais para garantir que todas as identidades e expressões de gênero possam existir sem medo de violência ou exploração.
Por isso, iniciativas de monitoramento, educação digital e apoio psicológico devem ser fortalecidas para construir uma rede de proteção que impeça a propagação de conteúdos que violam direitos e promovem sofrimento.
Denúncias podem ser feitas por meio dos canais oficiais das plataformas e órgãos responsáveis, contribuindo para um ambiente online mais saudável e inclusivo para todas as pessoas.