Juliana Jungbluth se posiciona contra discriminação em cerimônia pública e clama por respeito
No último dia 26 de maio, a conselheira regional de Tacna, Juliana Jungbluth, fez uma contundente denúncia contra o prefeito da cidade, Pascual Güisa, acusando-o de misoginia e homofobia. A declaração veio após um incidente ocorrido durante uma cerimônia cívica no Campo de Aliança, onde Jungbluth se sentiu discriminada e relegada a um segundo plano, o que levantou debates sobre a violência e o preconceito enfrentados por mulheres e pela comunidade LGBTQIA+ na política peruana.
Durante a cerimônia, Jungbluth foi criticada por não ter sido reconhecida como representante do governador regional, Luis Torres, para apresentar uma homenagem. Em sua defesa, a conselheira destacou que tomou a iniciativa de cumprir essa função, mesmo sem o devido reconhecimento. Além disso, ela relatou que foi colocada em um local menos apropriado e até recebeu uma cadeira molhada, o que, segundo ela, simboliza a desvalorização de sua posição como mulher e membro da comunidade LGBTQIA+.
Um grito contra a discriminação
A conselheira não hesitou em classificar o prefeito como “um misógino e talvez até um homofóbico”, expressando seu descontentamento com a forma como foi tratada. “Se ele acredita que me ferir ou ferir outras mulheres irá fazer diferença, está muito enganado”, declarou Jungbluth, enfatizando que o machismo e a homofobia não devem ter espaço em nenhuma esfera da sociedade, principalmente na política.
Juliana também apontou que sua postura crítica em relação à segurança pública pode ter gerado desconforto entre os membros do conselho, o que a levou a ser alvo de discriminação. A situação expõe a dificuldade enfrentada por mulheres e pessoas LGBTQIA+ nas esferas de poder, onde muitas vezes são subestimadas e desrespeitadas.
Reações da comunidade
A declaração de Jungbluth gerou uma onda de apoio nas redes sociais, com muitos membros da comunidade LGBTQIA+ e aliados se manifestando contra a discriminação. A situação em Tacna reflete um problema mais amplo no Peru, onde a violência e o preconceito contra mulheres e pessoas LGBTQIA+ ainda são comuns. A luta por igualdade e respeito continua, e vozes como a de Jungbluth são essenciais para desafiar normas e lutar por um futuro mais inclusivo.
Enquanto o prefeito Güisa defendeu que sua conduta durante a cerimônia seguiu um protocolo, a conselheira reafirmou a importância de rever essas normas que perpetuam a desigualdade. O incidente em Tacna é um lembrete de que a luta contra a discriminação é uma batalha constante, e que cada voz levantada contra o preconceito é um passo em direção a uma sociedade mais justa.