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Celebração e resistência: World Pride 2025 e o adeus ao AIDS/LifeCycle

De Washington, D.C. a Califórnia, a luta e a festa pela liberdade queer e trans marcam momentos históricos e emocionantes
Celebração e resistência: World Pride 2025 e o adeus ao AIDS/LifeCycle

De Washington, D.C. a Califórnia, a luta e a festa pela liberdade queer e trans marcam momentos históricos e emocionantes

Em uma semana marcada pela força da união e da resistência, a comunidade LGBTQIA+ celebrou conquistas, reafirmou identidades e enfrentou desafios políticos que ameaçam sua existência. O World Pride 2025, realizado em Washington, D.C., reuniu milhares de pessoas para comemorar os 50 anos deste movimento internacional que é muito mais do que uma festa: é um grito por visibilidade, direitos e respeito.

Enquanto isso, do outro lado do país, na Califórnia, aconteceu a última edição do AIDS/LifeCycle, uma tradicional e emocionante pedalada de mais de 500 milhas entre São Francisco e Los Angeles, que por três décadas arrecadou milhões para o combate à epidemia de HIV/AIDS. Este adeus deixa um legado de solidariedade e luta que reverbera fortemente entre a comunidade queer e trans.

World Pride 2025: resistência em meio à tempestade

Washington, D.C. foi palco de manifestações poderosas que transcenderam o espírito festivo. Ashley Smith, presidente da Capital Pride Alliance, lembrou em seu discurso no Lincoln Memorial que o evento é, acima de tudo, “um comício pela nossa vida”. Em um cenário político dominado por retrocessos nas políticas públicas LGBTQIA+, a presença de milhares reforçou que a existência queer e trans é um ato de resistência.

O contexto político, especialmente com as políticas da administração Trump, impactou diretamente a participação internacional e nacional. Muitos se sentiram inseguros para viajar ou participar, como Alice Siregar, mulher trans e analista de dados em Montreal, que considerou arriscado comparecer. Organizações canadenses e grupos internacionais também optaram por não participar, evidenciando a atmosfera de hostilidade que cresce contra nossa comunidade.

As medidas que restringem os direitos trans, como a exclusão de pessoas trans das forças armadas e dos esportes, além dos ataques a drag queens, cuidados de afirmação de gênero e reconhecimento de identidades diversas, têm reverberado em cada canto do mundo queer. Tyler Cargill, participante do World Pride, sintetizou o sentimento de muitos: “Pessoas trans só querem ser amadas. Todos querem viver suas vidas, e eu não entendo qual é o problema nisso”.

Expressões culturais e diversidade

Mesmo com os desafios, a diversidade foi celebrada intensamente. Um grupo de artistas iranianos da região metropolitana de D.C. trouxe ao evento uma perspectiva única, mesclando a cultura persa com a luta queer. Ryan Omid Aghabozorg destacou a beleza de uma língua que não usa pronomes, permitindo que a humanidade transcenda o gênero, uma mensagem poderosa e inclusiva em um palco global.

AIDS/LifeCycle: encerrando um ciclo de amor e luta

Em paralelo, a última edição do AIDS/LifeCycle emocionou a comunidade com sua despedida. Desde 1994, esta pedalada tem sido um símbolo de esperança, mobilização e apoio para pessoas vivendo com HIV/AIDS. Apesar do fim, o impacto permanece: mais de US$ 300 milhões foram arrecadados ao longo de 30 anos para organizações vitais como o Los Angeles LGBT Center e a San Francisco AIDS Foundation.

Kyle Kostrzewa, participante e residente em Los Angeles, expressou a montanha-russa emocional que a última edição trouxe: “Alegria pela experiência maravilhosa, tristeza por sua despedida, medo pelo momento moralmente regressivo que vivemos, esperança nas futuras iniciativas e, acima de tudo, amor – o que este evento reuniu ano após ano”.

O futuro da luta queer e trans

Os eventos desta semana são um lembrete vibrante de que a luta por direitos e visibilidade continua sendo vital. A palavra-chave resistência LGBTQIA+ ressoa não apenas em Washington, D.C. ou na Califórnia, mas em todas as cidades e corações que se recusam a aceitar a invisibilidade e o apagamento.

Celebrar o World Pride 2025 e honrar o legado do AIDS/LifeCycle é reafirmar que, mesmo diante das adversidades, a comunidade LGBTQIA+ segue unida, forte e cheia de esperança. Afinal, existir é um ato político e amor é nossa maior arma.

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