Queens de destaque da temporada 17 celebram arte drag e resistem aos ataques LGBTQIA+
Em uma noite memorável no Skybar do Mondrian Hotel, em Los Angeles, as maiores estrelas da temporada 17 de RuPaul’s Drag Race reuniram-se para um evento oficial de premiação Emmy® chamado FYC Pool Party Extravaganza. Vencedora da temporada, Onya Nurve, ao lado de Jewels Sparkles, Sam Star, Suzie Toot, Lana Ja’Rae e Lexi Love, dividiram espaço com a produtora executiva Randy Barbato, a juíza residente Michelle Visage e o coreógrafo Jamal Sims para uma celebração que foi muito além do glamour habitual da competição.
Drag como resistência e visibilidade
O painel moderado pela atriz e comediante Leslie Jones trouxe à tona a vitalidade e a necessidade da arte drag em tempos de crescente ataque à liberdade de expressão e aos direitos LGBTQIA+. As queens compartilharam relatos emocionantes sobre como suas trajetórias pessoais influenciam suas performances e o impacto que o programa tem na comunidade queer, especialmente para as gerações mais jovens.
Um dos momentos mais tocantes foi a discussão sobre o episódio Drag Baby Mamas, que emocionou o público ao mostrar a vulnerabilidade por trás da maquiagem e dos palcos. A importância do RuPaul’s Drag Race como um espaço de acolhimento e empoderamento para a diversidade também foi destacada.
Unidos contra o preconceito
O evento também fez um chamado especial para o ACLU Drag Defense Fund, fundo que já arrecadou mais de 2,1 milhões de dólares para combater a onda de ataques anti-trans e anti-LGBTQ que se espalha pelos Estados Unidos. Essa solidariedade reforça o papel do drag como uma forma de resistência cultural e política.
Além do painel, o público se divertiu com a tradicional brincadeira do Badonka Dunk Tank, onde produtores e equipe técnica se molharam em uma piscina, mostrando que a leveza e o humor também são parte fundamental da jornada do show.
Depoimentos que inspiram
Onya Nurve celebrou sua vitória como um símbolo de esperança para todes que se identificam com ela. Jewels Sparkles emocionou ao falar sobre o apoio incondicional do pai, um exemplo de amor e coragem para famílias LGBTQIA+. Sam Star lembrou que, mesmo vindo de um lugar pequeno, encontrou no drag a sua grandeza, enquanto Suzie Toot e Lana Ja’Rae mostraram como a autenticidade e a alegria são suas maiores armas.
Lexi Love destacou como a vulnerabilidade no palco ajudou-a a se aceitar plenamente. Michelle Visage reforçou a singularidade das queens do programa e a necessidade de sermos mais audaciosos e orgulhosos do que nunca, especialmente diante dos desafios atuais.
Randy Barbato, produtor executivo, resumiu a essência do show: “O programa é drag queen. Todos os produtores são drag queens, criamos no nosso closet”, mostrando a dedicação e paixão que movem toda a equipe.
RuPaul’s Drag Race: um farol para a comunidade LGBTQIA+
Este evento em Los Angeles reafirmou que o RuPaul’s Drag Race é mais do que um reality show: é um movimento cultural, uma plataforma de visibilidade e um espaço seguro para expressar a multiplicidade de identidades da comunidade LGBTQIA+. Em tempos sombrios, a arte drag brilha como resistência, empatia e transformação.
Para o público queer, ver essas queens celebrando sua arte e história inspira coragem e reforça a importância da luta contínua por direitos, respeito e amor.
