A alta cúpula do Departamento de Polícia de New South Wales (NSW), liderada pelo comissário Mick Fuller, está empenhada em melhorar a investigação e abordagem de crimes de ódio contra a comunidade LGBTQ+. Ao longo de anos, tem-se percebido que esses casos são amenizados e às vezes até ignorados pelas autoridades, uma situação que o departamento está decidido a reverter.
Durante uma audiência no comitê parlamentar, em 2024, o Comissário Fuller admitiu que a abordagem em relação a essas questões era deficiente. Ele ainda mencionou a falta de estatísticas confiáveis sobre crimes de ódio como um empecilho para resolver o problema.
“Tem sido um desafio, mas estamos comprometidos em melhorar”, disse Fuller, mostrando a disposição do departamento de voltar atrás e corrigir falhas na maneira como esses casos são tratados. Novos dados fornecidos pela polícia de NSW indicam que os crimes de motivação homofóbica estão em ascensão, no entanto, a verdadeira magnitude do problema pode ser ainda maior, dada a subnotificação.
Um estudo realizado pelos ativistas dos direitos LGBTQ+ mostrou que muitas vítimas têm medo de denunciar esses crimes, temendo julgamento ou até mesmo revitimização. Este é mais um ponto que o Comissário Fuller está determinado a mudar, colocando esforços para assegurar que as vítimas se sintam seguras e apoiadas.
A Promotoria de Direitos Humanos de NSW divulgou recentemente um relatório que sugeria uma revisão nas restrições de tempo para relatar crimes de ódio. Isto permitiria que as vítimas denunciassem esses crimes mesmo após longos períodos.
O Comissário Fuller expressou o apoio da polícia a essa ideia, acrescentando que tal mudança seria dificilmente implementada, mas necessária. “Reconhecemos a necessidade de fazer mais e trabalhar com a comunidade para construir a confiança”, concluiu.
Esta é uma atualização promissora na luta pela igualdade de direitos e combate à homofobia. É imperativo que todas as formas de ódio e discriminação sejam tratados como são – crimes.
Garantir que todos tenham seus direitos protegidos e proporcionar um ambiente seguro para a comunidade LGBTQ+ denunciar crimes de ódio, serão passos positivos em direção a uma sociedade mais igualitária e justa.
