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“A Busca por Conexões: Como Judeus Queer na Austrália Enfrentam Desafios em um Cenário de Isolamento e Mudanças Políticas”

"A Busca por Conexões: Como Judeus Queer na Austrália Enfrentam Desafios em um Cenário de Isolamento e Mudanças Políticas"
"A Busca por Conexões: Como Judeus Queer na Austrália Enfrentam Desafios em um Cenário de Isolamento e Mudanças Políticas"

O desafio de encontrar um parceiro judeu se torna ainda mais complexo para os australianos judeus queer, especialmente após eventos políticos recentes que impactaram a comunidade. Embora existam diversas opções de encontros para judeus heterossexuais, como eventos de socialização organizados por instituições como o Young Jewish Professionals, os judeus LGBTQIA+ frequentemente se sentem isolados em sua busca por relacionamentos significativos. A comunidade judaica tradicional valoriza imensamente a união entre judeus e a formação de famílias, mas a falta de recursos adequados para ajudar os judeus LGBTQIA+ a se conectarem é evidente.

Speedy Shatari, um líder LGBTQI de Sydney, expressou que a busca por um parceiro que compreenda tanto sua identidade quanto sua fé é um desafio significativo. “Às vezes, parece que você está andando sobre cascas de ovo, tentando descobrir se compartilha valores suficientes para se conectar”, diz Shatari. A situação se torna ainda mais complicada em plataformas de namoro, onde questões políticas frequentemente surgem, refletindo a tensão atual no Oriente Médio e desafiando a busca por conexões genuínas.

Enquanto grupos como o Hasodot oferecem um espaço de apoio em Sydney, a ausência de iniciativas maiores e mais organizadas para conectar os judeus queer é notável. Julie Leder, membro do Jewish Lesbian Group de Victoria, destaca que a comunidade é pequena e muitos judeus queer optaram por deixar suas raízes, o que reduz ainda mais o número de potenciais parceiros. “Se você encontrar alguém que seja judeu e queer, eu digo: boa sorte. Isso não acontece com frequência”, comenta Leder.

Brandon Srot, um psicoterapeuta de Sydney, acredita que a falta de prioridade para a agenda queer nas comunidades judaicas está mudando, especialmente após o trauma coletivo sentido desde o dia 7 de outubro, quando muitos judeus começaram a priorizar sua identidade em busca de conexões. “Para muitos, encontrar alguém que seja judeu tornou-se mais importante do que antes”, afirma Srot, referindo-se ao termo ‘October 8 Jews’, que descreve aqueles que reavaliaram suas prioridades após os eventos de outubro.

Apesar dos avanços em inclusão, muitos judeus queer ainda sentem desconfiança em relação a organizações mais tradicionais, preferindo, em muitos casos, iniciativas informais de membros da comunidade. Grupos como o JAG, fundado por Wayne Green, têm se mostrado eficazes na promoção de eventos que criam um espaço de socialização entre judeus queer, apesar da falta de financiamento institucional.

David Klarnett, presidente do Dayenu, um dos grupos LGBTQIA+ mais antigos e conhecidos da Austrália, reconhece que o cenário de namoro para judeus queer é ainda mais limitado. Ele está considerando eventos para ajudar membros da comunidade a se conhecerem de forma mais informal, ressaltando a necessidade de criar um ambiente onde todos se sintam aceitos e pertencentes. “Quero estabelecer eventos onde possamos ajudar as pessoas a fazer amigos, como um speed dating para amizade”, diz Klarnett.

Em meio a esses desafios, iniciativas como o Mensch, que será lançada em Melbourne, visam fomentar conexões mais profundas entre os homens judeus gays. Essas iniciativas, embora ainda pequenas, representam um passo importante em direção a uma maior inclusão e apoio dentro da comunidade judaica, destacando a urgência de criar espaços onde judeus queer possam se encontrar e construir relacionamentos significativos, alinhados com suas identidades e tradições.

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