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“A cidade de São Paulo não é homofóbica”, diz secretário de Segurança Urbana

Aconteceu na tarde desta quinta-feira (16) encontro entre representantes da Prefeitura de São Paulo e da sociedade civil. Representaram o poder público Francisco Buonafina, secretário municipal de Participação e Parceria; José Gregori, secretário Especial de Direitos Humanos; e Edson Ortega, secretário de Segurança Urbana.

O encontro teve início por volta das 14h30, no Auditório da Prefeitura, no centro da capital paulista. Buonafina assegurou que a gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) está "perplexa com os ataques homofóbicos". Em seguida, ele disse que a Prefeitura está trabalhando "em várias frentes" para impedir novas agressões, como as que ocorreram em novembro e no início deste mês na região da avenida Paulista.

Buonafina destacou ainda a ação da Prefeitura no Autorama, no Parque do Ibirapuera. "Havia muita gente que estava atuando com viés homofóbico e fazendo acusações de que lá havia comércio sexual", disse o secretário. "Havia exploração sexual, mas eram coisas pontuais e nós acabamos com isso lá. Hoje, todos convivem bem: frequentadores, usuários e vizinhos", finalizou Buonafina.

O Secretário de Segurança Urbana, Edson Ortega, fez questão de ressaltar que os ataques ocorridos na Paulista também foram pontuais. "A cidade de São Paulo não é homofóbica", disse. Ortega expôs que um dos trabalhos feitos em parceria com município e Estado são as câmeras instaladas em pontos chaves de São Paulo. "Temos hoje mais de 3 mil câmeras instaladas em pontos estratégicos e elas funcionam em um sistema interligado com a SPTrans, Guarda Civil Metropolitana, Polícia Militar e CET", destacou o secretário.

Por último, quem discursou foi o secretário Especial de Direitos Humanos, José Gregori, que afirmou que o governo Kassab tem a sua raiz nos "direitos humanos". Gregori lembrou de quando foi ministro dos Direitos Humanos no governo FHC e redigiu o Plano Nacional de Direitos Humanos 1. "Tenho orgulho de dizer que eu incluí a igualdade de sexo naquele texto. Essa luta nasceu lá atrás e felizmente o governo atual tem continuado", comentou.

A respeito da aceitação de homossexuais pela sociedade como um todo, Gregori fez uma comparação interessante. "Há 30 anos, os comunistas morriam de medo de se assumirem como tais. Eram perseguidos por terem uma ideologia diferente. Hoje, ninguém é perseguido por ser comunista. Entenderam? Tudo é uma questão de tempo", finalizou Gregori.

O encontro terminou pontualmente às 15h30 com a fala de Francisco Buonafina. "Isso aqui não é o fim, mas o começo de um processo. Nós queremos manter essa relação com a sociedade civil."

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