Franco Reinaudo é conhecido na cidade de São Paulo por conta de seu envolvimento com o mercado de turismo GLS e também por estar à frente da ABRAT GLS (Associação Brasileira de Turismo GLS). Porém, agora ele é o novo nome que irá coordenar a CADS (Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura da Cidade de São Paulo) no lugar de Cássio Rodrigo.
Com exclusividade ao A Capa, Franco fala como surgiu a sua indicação, sobre os novos projetos, e também elogia a gestão de Cássio, a qual ele considera "brilhante". Muito sincero, revelou que ainda está estudando a CADS com o Cássio, e já adiantou que o foco de sua gestão será a participação da sociedade e da iniciativa privada. Confira a seguir a entrevista.
Como surgiu a sua indicação para a CADS?
Foi uma coisa muito rápida. O Cássio foi convidado para ir pra Santo André e surgiu esse convite, que partiu do próprio Cássio. Isso não era para acontecer [a divulgação]. Nós sabemos como isso aconteceu, a ideia era chamar todo mundo na segunda-feira (02/01). Nós fomos pegos de calças curtas. Ontem, tivemos uma reunião com o secretário e isso já aconteceu na semana passada e não queríamos falar porque não tínhamos certeza do que realmente ia acontecer.
O que as pessoas podem esperar da sua gestão?
Como eu te falei, foi uma coisa muito rápida, estou conversando com o Cássio. Estou tomando conhecimento. Eu venho da iniciativa privada, então, não tenho muita habilidade com governo, estou aqui justamente para isso, tomando pé do funcionamento da CADS. Estamos conversando muito sobre a ideia, e de que maneira eu posso contribuir para a coordenadoria. Posso contribuir muito na questão de parcerias e é isso que nós queremos estimular com a sociedade civil e com a iniciativa privada. Pegar essa diferença que é a missão da secretaria – participação e parceria – e trabalhar essa questão mais profundamente. O Cássio deu uma visibilidade, uma credibilidade e respeitabilidade na CADS, isso a gente não vai mudar. A ideia é: agora que ela [a CADS] já tem essa credibilidade, a gente vai estimular as parcerias e a participação da sociedade civil.
Os projetos atuais, como o Diversidade nas Praças, vão continuar?
A idéia é essa. A gente vai sentar, vai avaliar. Não vai mudar a proposta e a essência da CADS. Vai aumentar nessa questão da participação e parceria. Eu tenho essa questão do turismo muito forte e vou tentar trazer pra cá. A capacitação, a educação, que acho que é um trabalho importante a gente vai aumentar.
Algumas pessoas já disseram não ter gostado da sua indicação por você ser empresário. O que você tem a falar a respeito?
A gente não pode agradar todo mundo. Essa questão do empresário agrega e agora vou me assessorar, pois é impossível você saber de tudo. Então, por isso, a ideia é fortalecer a parceria. Todo mundo participar, acho isso muito importante. Agora, não gostou, paciência. A unanimidade é impossível.
Como você avalia a gestão do Cássio?
A gestão do Cássio foi muito bacana. Ele pegou uma estrutura pequena e conseguiu transformar-la e isso é muito difícil. Quando você olha parece que é fácil, eu já peguei uma associação nessas condições, participei do início da construção da Parada… Então, você sabe como é difícil construir as coisas e transformar. A gestão do Cássio foi brilhante.
Vocês pretendem focar no turismo GLS?
Não. O foco na CADS é trabalhar a participação e a parceria, isso é o fundamental. Trabalhar muito a questão da capacitação. Mas, ainda estamos definindo.