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A mulher no poder

"Sim, a mulher também pode", foi com essa frase que Dilma Rousseff sintetizou a sua posse. Daqui pra frente garotas da geração atual poderão se ver na presidenta de seu país. Em uma nação tão machista como o Brasil, eleger uma mulher presidente é de um simbolismo único. Os machões devem estar agonizando.

Mas, o que esperar do governo Dilma, principalmente no que diz respeito aos Direitos Humanos? A expectativa é positiva, pois, assim como o grande ministro dos Direitos humanos Paulo Vanucci, Dilma Rousseff sentiu na pele as dores de quem tem os seus direitos aviltados. Ela foi presa e torturada. Isso já coloca a presidenta naturalmente como defensora dos Direitos Humanos. A conferir.

O vespeiro religioso reacionário, provocado por Serra, já deu sinais de que não vai dar trégua a presidenta. Hoje a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou carta dizendo que espera que a presidenta eleita mantenha os seus compromissos, no caso, em torno do aborto. O Estado Laico ainda sob ameaça, eis uma agenda que o governo Dilma deve assumir.

Também foi interessante a presença de duas mulheres ao lado de Dilma na hora do seu pronunciamento: Luizianne Lins, prefeita de Fortaleza, e de Marta Suplicy, senadora eleita por São Paulo. Três gerações e três lideranças. O governo Dilma, ao que tudo indica, tende a ser mais feminino. É o gênero feminino na representação máxima dos poderes da democracia brasileira. O Brasil e as mulheres são os grandes vencedores.

A eleição de Dilma tem também uma função histórica, principalmente para a atual geração: o resgate histórico daqueles que foram torturados na ditadura brasileira. Os jovens poderão descobrir que a mandatária mor do Brasil lutou contra a ditadura, foi presa e torturada para conquistar a liberdade que hoje vivem. É significativo.

Dilma Rousseff tem tudo para realizar um governo mais progressista e mais ideológico que o governo Lula e se tornar uma liderança.

Do resto, é esperar pra ver…

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