A febre das rancheras: celebração ou oportunismo? Escrito por Priscila Bertozzi em 1º de fevereiro de 2025. Em outubro de 2023, o LatinPop Brasil já alertava que a música ranchera estava se tornando o novo reggaetón, com artistas do pop latino se rendendo ao ritmo regional mexicano. Naquela época, o gênero vivia o sucesso do hit “Ella Baila Sola” de Eslabón Armado e Peso Pluma, e os lançamentos de grandes nomes como Shakira, Ricky Martin, Thalía e Marc Anthony, todos embalados pelo ritmo dos mariachis. O texto alertava que era possível cravar que estávamos diante de uma nova tendência, ressaltando que a música ranchera sempre esteve aberta a mesclas culturais. Rocío Durcal, que misturava ranchera com flamenco, é um exemplo histórico dessa fusão. Um ano e meio depois, a profecia se concretizou, mas surge uma pergunta: a música mexicana, muitas vezes associada ao público mais velho, conseguirá manter sua popularidade entre os jovens? Os artistas pop têm a responsabilidade de romper com esse estereótipo, honrando o legado de ícones como Vicente Fernández e garantindo que o sucesso seja duradouro e autêntico. A editora-chefe do LatinPop Brasil, Priscila Bertozzi, discute essa questão no contexto da nova febre das rancheras, que promete redefinir o cenário musical latino e atrair a atenção da comunidade LGBT, que sempre buscou diversidade e representatividade na música.
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