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A Nova Trilha Sonora de ‘Joker: Folie à Deux’: Como Hildur Gudnadóttir Inova com Instrumentos que Refletem a Complexidade Emocional do Filme

A compositora islandesa Hildur Gudnadóttir, que conquistou o Oscar por sua trilha sonora em ‘Joker’ (2019), retorna para a sequência ‘Joker: Folie à Deux’. Ela destaca que sua participação no novo filme foi uma decisão natural, já que a música desempenha um papel vital na narrativa. Gudnadóttir menciona que a nova trilha sonora mantém uma conexão sonora com o primeiro filme, refletindo a complexidade emocional do personagem Arthur Fleck, interpretado por Joaquin Phoenix.

Desta vez, porém, a música assume um formato diferente, já que o filme é apresentado como um musical, incorporando números musicais em que Fleck e Harley Quinn, interpretada por Lady Gaga, cantam ao longo da história. Embora Gudnadóttir não tenha se encarregado dos arranjos das canções, ela enfatiza a importância da integração entre a trilha sonora e os números musicais, descrevendo o processo como um “grande quebra-cabeça musical” que exigiu muitas tentativas e erros para ser finalizado.

Uma das inovações que Gudnadóttir trouxe para ‘Folie à Deux’ foi a criação de um novo instrumento, chamado “prisão de cordas”, que reflete a temática do filme. Com a história se desenrolando em grande parte dentro do hospital psiquiátrico Arkham, ela queria que seu novo instrumento representasse a sensação de aprisionamento. O instrumento foi projetado com a ajuda de um amigo, Úlfur Hansson, e consiste em elementos que evocam cercas elétricas.

Ela também incorporou o uso de um “cello de trincheira”, um instrumento histórico utilizado por soldados durante a Primeira Guerra Mundial, que simboliza a busca por alegria em meio ao sofrimento. Gudnadóttir explica que a sonoridade desse instrumento se conecta diretamente com a história de Arthur, refletindo sua luta interna e a busca por felicidade em situações adversas.

A colaboração com o diretor Todd Phillips foi descrita por ela como uma experiência criativa rica e aberta, onde a confiança mútua permitiu inovações musicais que ampliaram o vocabulário dos instrumentos de corda. A artista expressa sua empolgação em continuar a explorar novas sonoridades e maneiras de contar histórias através da música, especialmente em um filme que aborda temas tão profundos e desafiadores como a saúde mental e o amor complicado.

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