O aclamado filme “The Wedding Banquet” de Ang Lee, lançado em 1993, está sendo revisitado pelo cineasta Andrew Ahn em uma nova versão que promete ressoar com as questões contemporâneas da comunidade LGBTQ+. Ahn, que cresceu em uma família que adorava locar filmes, lembra-se de assistir ao original ainda criança, sem saber que se tratava de uma obra queer. O filme original segue um imigrante taiwanês em Nova York que se vê forçado a esconder sua orientação sexual e contrair um casamento de conveniência para apaziguar seus pais.
A nova versão, que estreia nos cinemas na próxima sexta-feira, é descrita como uma reinterpretação pessoal que busca capturar a essência da luta entre a cultura, a sexualidade e as expectativas familiares, temas que Ahn tem explorado ao longo de sua carreira. Em vez de uma única narrativa romântica, Ahn apresenta duas histórias de amor interligadas, abordando as tradições familiares coreanas e as relações intergeracionais de forma mais complexa e atualizada, refletindo as mudanças nas dinâmicas familiares e nas expectativas sociais em relação aos casais LGBTQ+.
“A alegria da comunidade LGBTQ+ é uma forma de resistência”, afirma a atriz Lily Gladstone, uma das protagonistas do filme. Com a crescente onda de desafios enfrentados pela comunidade, como a repressão e a discriminação, o filme se torna um símbolo importante de esperança e celebração. Ahn e seu elenco acreditam que, mesmo em tempos difíceis, é crucial celebrar a alegria e o amor, e que essa nova versão de “The Wedding Banquet” é um passo significativo nessa direção.
Ahn também compartilha que muitos momentos do filme são inspirados em suas próprias experiências de vida, o que torna o projeto ainda mais significativo para ele. O elenco, composto por artistas majoritariamente queer, trouxe uma nova energia ao set, criando um ambiente de trabalho acolhedor e autêntico. Essa autenticidade é algo que o público pode esperar ver na tela, refletindo as lutas e triunfos da comunidade LGBTQ+.
O novo “The Wedding Banquet” não apenas homenageia o clássico de Ang Lee, mas também o revitaliza para uma nova geração, mostrando que, apesar dos desafios, o amor e a aceitação são vitais. Com temas de comunidade, raízes e a busca por um espaço seguro, o filme promete tocar o coração de muitos, reafirmando que a celebração da identidade e do amor é uma luta contínua e necessária.
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