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“A Ultralounge tirou a noite gay do gueto”, diz Bob Young

A Ultralounge marcou época no início dos anos 2000 em São Paulo. Foi um dos clubes da cidade que mais imprimiu estilo na forma de produzir festas e lançar talentos.

Por seus dois endereços, na rua da Consolação, passaram celebridades, fashionistas, modelos, enfim, gente que ama a noite. Era comum ver a top Gisele Bündchen desfilar por lá. E quem não se lembra da Jetlounge, festa promovida por André Almada? Ou então de Helô Ricci e Anna Gelinskas como hostess do clube?

Mas o Ultralounge, infelizmente, não resistiu às incessantes investidas da Prefeitura e, em 2007, encerrou suas atividades. A Ultra sofreu com o patrulhamento de seus vizinhos, que alegavam que o clube ocasionava transtornos e barulho.

Nesta sexta-feira (16) os habitués da Ultra poderão, enfim, se reunir e celebrar tudo o que o clube representou na noite gay paulistana. O Lions sedia a primeira festa de uma série de outras que a Ultra realizará quinzenalmente pela cidade.

Na estreia, tocam os DJs Marcelo Cia, Marcelo Argento, Glaucia ++, Sergio Amorim e Renato Cecin, que fará um long set. Na porta, Melissa Depeyre e Anna Gelinskas recebem o povo.

O site A Capa conversou com o homem por trás da Ultra, Bob Young, que avalia a atual cena noturna gay em SP. "O público está sentindo falta novamente de espaços menores e mais intimistas."

O que significa essa festa no Lions? É o retorno definitivo da Ultralounge?
Mais ou menos. Pretendemos fazer a festa periodicamente, mas ainda não está nada definido.

Está nos seus planos ter um novo clube?
Por enquanto não! É mais pra matar a saudade mesmo.

O que podemos esperar da festa hoje?
Um encontro de pessoas bacanas que há tempos São Paulo não via.

Por onde você andou desde que o Ultra fechou as portas? Por que decidiu encerrar as atividades na época?
Passei quase 3 anos fora do Brasil, viajando. Fechei o clube na época porque eram muitos os transtornos ocasionados pela nossa localização.

A região dos Jardins deixou de atrair o público gay, que se espalhou para outras regiões da cidade. Qual é a sua avaliação atual da noite gay em SP?
A noite de São Paulo sempre foi cíclica, e está, de novo, passando por uma transição. Os últimos 5 anos foram marcados pelo domínio dos megaclubes, e acredito que agora o público está sentindo falta novamente de espaços menores e mais intimistas, independente do bairro.

O que representou o Ultralounge para a noite gay e seus habitués?
Pelo que eu ouço, acho que o Ultra tirou um pouco a noite gay do gueto, misturando diversos tipos de público. E para os habitués, foi uma época inesquecível, com certeza.

Serviço:
Ultralounge
Sexta, dia 16
Lions – Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 277 – 1º andar, centro –  São Paulo
Valores:
Sócios e até 4 amigos de sócios por mês são liberados de entrada e consumação.
Não sócios: Na porta, R$ 120 H/M (consumíveis)

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