in

A velha conhecida Barbárie

Ainda estou digerindo o assassinato do cartunista Glauco. Fiquei ainda mais passado ao decorrer das noticias que chegavam e davam detalhe do fato.

O jovem Carlos, dependente químico e que tentava se limpar na comunidade de Glauco.

O jovem assassino é mais um entre milhões que circulam pelo Brasil, ou para ser mais bairrista, no Centro de São Paulo, a luz do dia, a qualquer hora.

Nada justifica o ato do de Carlos. Mas, como bem colocou Gilberto Dimenstein, ele não fez sozinho. Há outros fatores que o levaram a tal ato. Segundo a família,Carlos já vinha delirando a um bom tempo. Dizia que era deus e conversava com as plantas.  Pirou, e na sua piração levou o cartunista e seu filho.

Quase todas as semanas chegam noticias sobre casos muitos parecidos. Jovens completamente viciados, corroídos pela cocaína, ou pelo crack. Em seus delírios matam seus parceiros. Pouco entendem, quando a voltam a normalidade, o que fizeram.

Está aí um ponto: a velha política de repressão as drogas e aos usuários, que poucos resultados positivos têm trazidos a sociedade. O debate tem de ser feito de outra maneira e sob outros olhares. O usuário é um doente e tem o direito de se tratar e o estado deve estar atento a isso. Mas sem fazer debate moralista. Se o uso de substancias ilícitas é legal ou não.

Pois, se formos olhar bem, quase todo mundo consome um tipo de droga e muita gente também desenvolve patologias por conta desses consumos viciados.

Ou o ponto de vista sobre determinados assuntos muda, ou continuaremos a ler histórias sobre Carlos e Glauco por muito tempo.

A repressão não funciona.

Fazer vista grossa sobre um problema e fingir políticas públicas de saúde, menos ainda.

Aniversário de Angélica em BH

Elton John revela que teve um amante que se suicidou