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“A Vida e a Controvérsia de Anita Bryant: Como uma Miss Oklahoma Mudou o Debate sobre Direitos LGBTQIA+ nos EUA”

"A Vida e a Controvérsia de Anita Bryant: Como uma Miss Oklahoma Mudou o Debate sobre Direitos LGBTQIA+ nos EUA"

"A Vida e a Controvérsia de Anita Bryant: Como uma Miss Oklahoma Mudou o Debate sobre Direitos LGBTQIA+ nos EUA"

Anita Bryant, uma figura icônica da cultura americana, faleceu em 16 de dezembro aos 84 anos em Edmond, Oklahoma, após uma batalha contra o câncer, conforme anunciado por seu filho, William Green. Nascida em 25 de março de 1940 na pequena cidade de Barnsdall, Oklahoma, Bryant ganhou fama inicialmente como Miss Oklahoma em 1958, dando início a uma carreira que a levaria a se tornar uma cantora popular e rosto de várias campanhas publicitárias, incluindo a famosa série de anúncios da Florida Citrus Commission. Sua música, incluindo sucessos como ‘Paper Roses’ e ‘In My Little Corner of the World’, conquistou o público e a estabeleceu como uma das vozes da época.

No entanto, Bryant se tornou uma figura controversa e polarizadora na década de 1970, quando se opôs abertamente a uma lei de não discriminação para a comunidade LGBTQIA+ em Dade County, na Flórida. Ela descreveu a homossexualidade como ‘maligna’ e uma ‘abominação’, desencadeando um movimento de ativismo contra os direitos LGBTQIA+. Em entrevistas, ela afirmou que a aceitação da homossexualidade abriria portas para outras ‘transgressões’, argumentando que isso prejudicaria as futuras gerações.

Bryant fundou a organização ‘Save Our Children’, que mais tarde foi renomeada para ‘Protect America’s Children’, e utilizou essa plataforma para defender suas crenças, alegando que a homossexualidade representava uma ameaça às crianças. Sua retórica e ações contribuíram para a ascensão da direita religiosa na política americana e geraram protestos significativos, incluindo um incidente notório em que um ativista lançou um bolo em seu rosto durante uma coletiva de imprensa.

As consequências de suas posições contra a comunidade LGBTQIA+ foram severas; ela perdeu contratos de patrocínio, incluindo seu papel com a Florida Citrus Commission, e sua carreira na televisão sofreu uma queda significativa. Embora tenha tentado reviver sua carreira nas décadas seguintes, Bryant nunca conseguiu recuperar a popularidade que tinha anteriormente, permanecendo ativa em círculos religiosos e escrevendo livros, como ‘The Anita Bryant Story: The Survival of Our Nation’s Families and the Threat of Militant Homosexuality’.

Seu ativismo teve um impacto duradouro: a luta que ela travou em Dade County resultou na revogação temporária das proteções contra a discriminação para pessoas LGBTQIA+, que só foram restauradas em 1998. A vida e a carreira de Anita Bryant refletem uma era de intensa luta por direitos civis e continuam a ressoar nas discussões contemporâneas sobre igualdade e direitos humanos para a comunidade LGBTQIA+.

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