A primeira reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara sob o comando do pastor Marcos Feliciano foi marcada por protestos e brigas entre os parlamentares.
O deputado Feliciano mostrou a que veio logo na primeira sessão. Não suspendeu a reunião, negando um pedido do seu próprio partido, e não deixou a palavra com os deputados de oposição.
Antes do início da reunião, manifestantes evangélicos ocuparam todos os assentos destinados a visitantes. Grupos de defesa dos direitos dos gays chegaram e permaneceram no corredor lateral da sala.
Jair Bolsonaro (PP-RJ) tripudiou em cima dos manifestantes LGBT. “Acabou a festa gay”, disse no meio da reunião. Em resposta, os representantes da comunidade gay disseram: “É esse tipo de representante que vocês querem defendendo vocês? É esse tipo de cara que vocês querem representando a igreja de vocês?”.
Os manifestantes evangélicos aplaudiram e disseram que sim. “Enquanto existir essa comissão, os veados vão estar aqui. A gente saiu do armário, quebramos o armário e não voltamos mais pra ele”, disse um manifestante para Bolsonaro.
A sessão durou menos de duas horas e se resumiu a leitura de trechos de requerimentos que estavam sendo votados pelo pastor Marcos Feliciano e a opinião do seu partido PSC sobre eles. O deputado e seus colegas ignoraram os gritos dos manifestantes.