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Acredite se quiser: “Frango de Jesus” promete parar de financiar grupos antigays

A rede de lanchonetes americana Chick-fil-A, cujo produto é conhecido como "frango de Jesus", já apareceu aqui no A Capa, depois que declarou ter feito doações para campanhas antigays.

Fundada em 1967 e com mais de 1.600 lojas, as doações da rede contra grupos que são contra o casamento igualitário e classificam a homossexualidade como "danosa" e "perversão" vieram à tona no início do ano, mas ganharam notoriedade quando Dan Cathy, presidente da empresa, justificou que seguia "princípios bíblicos" e por isso patrocinava esses grupos.

Como era de se esperar, houve fortes reações contra e a favor. A empresa dona dos personagens Muppets rompeu contrato com a rede e o prefeito de Boston, Thomas Menino, ameaçou vetar a abertura de uma unidade da lanchonete na cidade. Enquanto isso, do outro lado, Rick Santorum, ex-candidato republicano à presidência dos EUA, aproveitou para apoiar a empresa e a luta "pelos valores familiares".

A população também se envolveu. No dia 1º de agosto, milhares de religiosos participaram de um ato de apoio organizado pelo ex-governador republicano do Arkansas Mike Huckabee e consumiram milhares de sanduíches de frango. Até Sarah Palin deu o "ar da graça".

Os gays e simpatizantes, porém, não ficaram para trás. Além de promoverem e anunciarem boicotes, fizeram um beijaço (foto) que reuniu 14 mil pessoas em frente às franquias da lanchonete ao redor dos Estados Unidos – e parece que, por enquanto, ganharam a briga.

Joe Moreno, um vereador de Chicago, havia declarado que faria uso de seus privilégios para bloquear a autorização para que a Chick-fil-A funcionasse na cidade – mas confirmou que, após 10 meses de negociação com a empresa que tem sede em Atlanta, passaria a apoiar o empreendimento depois que a companhia concordou em reavaliar a quais grupos concede patrocínio. Segundo carta enviada pelo diretor John E. Featherston Jr. ao vereador, a Chick-fil-A se compromete a olhar mais de perto a quais entidades doa dinheiro e diz que se manterá fiel a sua política de não apoiar instituições com agenda política.

Na terça-feira (18), a Civil Rights Agenda, grupo gay que também participou das negociações e atuou como consultor de Moreno, confirmou que a rede de lanchonetes – e, por extensão, a sua WinShape Foundations – não mais faria doações para grupos antigays. Moreno acredita que, diante do fato de que a ele foram apresentados os registros de doações para o ano e que estes não incluíam grupos antigays, a empresa parará de financiar essas instituições. A rede de lanchonetes também teria reforçado um documento interno que recomenda tratar a todos com honra e respeito, independentemente de seus crenças, raça, credo, orientação sexual e gênero.

Se a Chick-fil-A vai cumprir o acordo ou se vai arranjar brechas na declaração é, porém, incerto, informou artigo do jornal The New York Times, que lembrou que a carta é muito similar às declarações anteriores da companhia, quando esta adotou sua visão "bíblica" de negócios.

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