"Este processo foi movido contra mim pelo (pastor) Marco Feliciano e a Associação das Igrejas Evangélicas. Por conta de um ato que fiz contra as mortes, já que o Brasil é o país que mais mata LGBTs. Feliciano distorceu a minha imagem com várias outras que não aconteceram naquela ocasião, que nem eram da Parada. Ele é um covarde, distorce a imagem das pessoas para incitar o ódio da população, que é o que ele sabe fazer de melhor. Não há provas. Mas agora eu também vou abrir um processo contra ele por difamação e calúnia. Ele vai ter que pagar pelo que falou.", afirmou ela.
"Como não há provas, foi remarcado novamente. Vão entrar em contato com a minha advogada. Tem que rir. A gente vive em um país onde não há democracia, mas teocracia", comentou Viviany ao deixar a delegacia.
Sobre o fato de cristofobia ser crime e a homofobia não, a modelo disse: "Me sinto uma palhaça. Porque a gente fala de estado laico, mas a maioria no Senado é a bancada evangélica fazendo nossas leis. É uma hipocrisia", lamentou.
"Temos que fazer atos de protesto para que não haja mais mortes como teve em Orlando", disse, referindo-se ao atentato que aconteceu nos EUA, no último dia 12 de junho.
Viviany foi intimada pelo artigo 208 do Código Penal (escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso).
"Mas os autos ainda não retornaram para a delegacia, por isso o depoimento dela foi remarcado. O pedido foi feito direto no Ministério Público e foi instaurado o inquérito. Mas precisamos desses autos para prosseguir", explicou um escrivão que estava presente na delegacia.