Adam Lambert, o icônico vocalista da banda Queen, faz sua estreia na Broadway como o Mestre de Cerimônias no famoso musical “Cabaret”. Substituindo o ator Eddie Redmayne, Lambert traz uma interpretação única e envolvente, marcada por sua conhecida irreverência e profundidade emocional. Ao assumir este papel, ele não apenas exibe seu talento vocal, mas também destaca a importância de sua identidade como artista queer e judeu, algo que a diretora Rebecca Frecknall considera extremamente significativo para a produção.
O espetáculo, ambientado em uma Berlim em ascensão nazista, começa de maneira leve e decadente, mas rapidamente se torna sombrio. Lambert transforma o Mestre de Cerimônias, que antes era visto como alienado na interpretação de Redmayne, em um personagem vibrante e humano. Suas performances, especialmente com músicas como “If You Could See Her”, que satiriza o antissemitismo, e a balada “I Don’t Care Much”, revelam uma luta interna que ressoa com a atualidade.
“Cabaret”, que originalmente estreou na Broadway em 1966, continua a ser um musical relevante, abordando temas de marginalização e direitos humanos, o que se alinha com as questões enfrentadas pela comunidade LGBT+ hoje. Lambert, que cresceu sonhando em atuar na Broadway, reflete sobre sua jornada desde o “American Idol” até o estrelato no rock, ressaltando a importância de sua experiência anterior em musicais para sua atual performance.
Através de sua arte, Lambert não apenas entretém, mas também provoca reflexões profundas sobre a sociedade, fazendo com que o público saia do teatro pensando não apenas nas músicas, mas nas questões sociais críticas que elas levantam. Sua abordagem ao personagem é uma verdadeira celebração da diversidade e da resistência, que faz ecoar a luta contínua da comunidade LGBT+ em busca de aceitação e igualdade.
A presença de Lambert no palco não é apenas um espetáculo; é uma afirmação poderosa de identidade e expressão artística em um dos maiores palcos do mundo.