“Chosen few” é o primeiro e o único time de futebol formado somente por lésbicas na África do Sul.
O grupo de mulheres joga em um campo cheio de lama, que fica no centro de Joanesburgo. O preconceito da população impede que as jogadoras pratiquem o esporte em melhores condições. “A gente queria treinar em outros lugares”, disse Lerato Marumolwa à agência Reuters. “Mas eles simplesmente não nos deixam entrar.”
Com coragem e determinação, o time sul-africano luta contra a violência que acomete os homossexuais no país, infelizmente famoso pelos mais de 30 casos de lésbicas que foram assassinadas na última década.
Um dos casos mais famosos foi o da jogadora Eudy Simelene, estuprada e assassinada com 25 facadas em abril de 2008. Devido à pressão da comunidade LGBT dá África do Sul, dois dos quatro acusados foram condenados a mais de 35 anos de prisão.
Lançado em 2004 pelo Fórum para os Direitos das Mulheres (FEW), o “Chosen few”, que ganhou medalha de bronze nos Jogos Gays disputados em Chicago em 2006 e em um torneio internacional de uma associação de futebol para gays e lésbicas disputado em Londres, em 2008, serve como refúgio para elas essas mulheres, que não encontram aceitação na sociedade. “Nas ruas somos discriminadas, espancadas e estupradas. As pessoas nos xingam. Aqui o time é a minha família. Aqui eu me sinto em casa, posso ser eu mesma”, falou Marumolva.