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Agência dos EUA aprova o uso da PrEP em menores de idade como forma de prevenção ao HIV

Indicadores recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/Aids) apontaram uma tendência que vem sendo acompanhada nos últimos anos: os jovens são, atualmente, os maiores infectados pelo vírus HIV, principalmente nos países ocidentais. No Brasil, esse cenário não é nada diferente. Um estudo recente do Ministério da Saúde mostrou que 1 a cada 4 jovens no país estão infectados pelo vírus causador da Aids. A pesquisa foi conduzida em 12 cidades brasileiras. Entre esses jovens, estão ainda os adolescentes com idade acima de 16 anos – aqueles que estão próximos de adquirir maior idade. É fato que hoje em dia as pessoas iniciam sua vida sexual cada vez mais cedo. Bem como, infelizmente, está claro que as campanhas de prevenção não estão sendo suficientes para orientar esses indivíduos a fazerem uso da camisinha. Não podemos negar que as pessoas negligenciam o preservativo, ignoram o risco de uma transa sem camisinha e, por isso mesmo, estão cada vez mais suscetíveis às infecções sexualmente transmissíveis, sobretudo o HIV. Para conter o avanço da epidemia – alguns estudiosos já falam em uma “nova epidemia de Aids” similar a dos anos 1980, quando a doença foi descoberta – foram desenvolvidas duas novas tecnologias, cuja eficácia no controle da infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida é de mais de 95%: A PrEP e a PEP. Ambas já estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e são ofertadas gratuitamente no Brasil, bem como o tratamento para as ISTs. No tocante a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que consiste no uso do medicamento antirretroviral (o mesmo usado por soropositivos) por pessoas sabidamente negativas para o HIV, esse método de tratamento é ofertado exclusivamente para pessoas com idade superior a 18 anos, inclusive no Brasil. Recentemente, no entanto, o FDA, agência norte-americana que regula o registro de medicamentos, aprovou o uso da PrEP para menos de 18 anos. O que motivou essa determinação é, como dito acima, o fato de indicadores apontarem que muitas pessoas estão chegando a maior idade já com sorologia positiva para o HIV. Estudiosos brasileiros acreditam que a liberação nos Estados Unidos é um grande passo para que o mesmo ocorra no resto do mundo, inclusive por aqui. De acordo com informações do médico infectologista Ricardo Vasconcellos, existe no Brasil atualmente um estudo que está em andamento para avaliar a oferta de PrEP, dentro de um plano de Prevenção Combinada, para jovens de 15 a 19 anos idade, nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Salvador. É importante salientar ainda que o uso da Profilaxia Pré-Exposição é uma estratégia importante, de eficácia comprovada, para casais sorodiscordantes – em que um é soropositivo e o outro não. Também, é sempre oportuno lembrar que essa estratégia inibe apenas a infecção pelo vírus HIV e não as outras infecções sexualmente transmissíveis. Logo, o uso da camisinha continua sendo o principal meio de prevenção para aqueles que não estão em um relacionamento sério, ou que mesmo em um compromisso com outra pessoa, opta por “pular a cerca”.

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