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“AIDS é câncer gay”: Pastor homofóbico deve presidir Comissão de Direitos Humanos da Câmara

Ao que tudo indica, o pastor-deputado Marco Feliciano (PSC-SP) deve presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

Na última quarta (27), o PT, que estava a frente da Comissão, passou o comando da mesma para o Partido Social Cristão, que pertence a base de apoio do governo Dilma.

Em entrevista ao jornal “Estado de S.Paulo” dessa quinta (28), Marco Feliciano revelou que seu nome foi escolhido pelo partido para o cargo.

O pastor diz que atualmente a Comissão de Direitos Humanos se resume a defender os "privilégios" de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais e defendeu "maior equilíbrio". "Se tem alguém que entende o que é direito das minorias e que já sofreu na pele o preconceito e a perseguição é o PSC, o cristianismo foi a religião que mais sofreu até hoje na Terra", disse Feliciano.

Através de suas declarações passadas, Feliciano já demonstrou ser homofóbico e racista. Em 2011, através de sua conta no Twitter, ele disse que os descendentes de africanos seriam “amaldiçoados”.

No ano passado, Feliciano proferiu vários ataques contra os homossexuais. Ele disse que a comunidade LGBT estaria armando uma “ditadura gay” para comandar o Brasil e expulsar Deus do país. Marco também chamou a AIDS de “câncer gay” e responsabilizou os homossexuais pela doença.

Ainda em 2012, o pastor foi um dos que defendeu em debate no plenário os tratamentos de “cura gay”, lutando pelo fim da resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe os profissionais da área de tratarem a homossexualidade como doença.

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse ser "assustador" que o pastor assuma o órgão. "Ele é confessadamente homofóbico e fez declarações racistas sobre os africanos", afirmou. “Está claro que o objetivo do PSC, ao escolher a CDHM, deve ser o de barrar a extensão da cidadania plena às MINORIAS! Lamentável!”, escreveu Wyllys no seu Twitter.

Erika Kokay (PT-DF), ex-vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, também criticou a escolha do pastor para o cargo. "Corremos o risco de mergulharmos no obscurantismo e negarmos a história da comissão. (O nome de Feliciano) não nos tem dado segurança. Posturas homofóbicas e racistas atentam contra os princípios básicos dos direitos humanos", disse a deputada.

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