A coisa esquentou esses dias gente… Pois é, as últimas atualizações da nossa história e a clara percepção de vários leitores-comentaristas sobre os diversos temas inseridos no contexto acirraram os debates. Um dos participantes mais polêmicos levantou a questão da "glamourização" de questões como violência e desrespeito. Diante da ponderação de que não havia nenhum glamour em simplesmente narrar tais fatos, ele argumentou que a erotização das cenas excitava os leitores, que dificilmente se excitariam com notícias semelhantes nos jornais.
Tá, tudo bem, até entendo este ponto de vista. Agora, é possível discutir, por exemplo, a violência doméstica em um livro sem que ele contenha cenas referentes ao fato? É viável comparar o que se lê em matérias jornalísticas ou em boletins policiais com a escrita literária? Afinal, a função da arte muitas vezes não é discutir questões concretas ou existenciais? Fato é que, na maioria das vezes, este tipo de abordagem se revela bem mais eficaz, por atingir a alma, falar ao coração das pessoas, e não somente à razão. Quanto à erotização, impossível ela não acontecer. A história contada é a de um casal, e que casal! Logo, animadinhos como são, não vivem só aos sopapos, estão sempre se pegando mesmo.
Tenho leitores que se excitam com violência? Tenho sim, mas não creio que nenhum deles seja motivado pelas porradas em si, mas sim pelo fetiche do "macho dominante". Então, obviamente será bem difícil algum se masturbar lendo um BO né? Ainda bem que, entre as páginas policiais e o meu livro DOMINAÇÃO, optam pelo segundo, assim mantêm as vendas vivas e alimentam o sonho do autor de viver do que escreve.
Nisso tudo, um comentário lisonjeiro. Pelo facebook, o ator Jackson Antunes me revela que: "Temas polêmicos, sempre são atraentes. Chega de mesmice. Adorei."
Tô chic ou não tô?
Beijão!