A drag queen Aja luta contra a discriminação e a violação de sua identidade de gênero
A icônica Aja, conhecida por sua participação em RuPaul’s Drag Race, está enfrentando um desafio significativo após a emissão de um novo passaporte dos Estados Unidos que a identifica erroneamente como homem. Desde que se assumiu como mulher trans em 2021, Aja sempre buscou visibilidade e respeito pela sua identidade, mas agora se vê em uma situação que ameaça sua segurança e sua carreira.
O passaporte anterior de Aja estava devidamente marcado como ‘f’ para feminino, mas a nova versão apresenta a letra ‘m’, que a coloca em risco em viagens internacionais. Em uma declaração emocionada publicada em sua página do Facebook, Aja revelou que não solicitou nenhuma alteração em seu gênero ao solicitar a substituição do documento. Ela expressou indignação ao afirmar: “Quando disse que ter um documento com informações incorretas me coloca em perigo ao viajar internacionalmente, fui ignorada”.
Um dilema entre segurança e carreira
Com a nova identificação, Aja se vê obrigada a escolher entre sua segurança e sua carreira, já que voar com um passaporte que não condiz com sua identidade a expõe a situações constrangedoras e perigosas em todos os pontos de controle. “Estou sendo forçada a escolher entre voar com um passaporte que me expõe ou cancelar compromissos que valem milhares de dólares”, desabafou.
A artista não está sozinha em sua luta. Muitas outras personalidades trans, como a também ex-participante de Drag Race, Adore Delano, e a atriz Hunter Schafer, levantaram suas vozes contra erros semelhantes em seus documentos. A situação de Aja reflete uma questão mais ampla enfrentada por pessoas trans nos Estados Unidos após uma ordem executiva emitida durante a administração Trump, que reforçou a ideia de que o gênero é fixo e determinado ao nascimento.
Um chamado à ação
No seu desabafo, Aja declarou que o governo dos Estados Unidos violou seus direitos constitucionais, afirmando: “Isso não é um erro clerical. É um erro federal com minha vida em jogo. Se eles pensam que vou aceitar esse passaporte em silêncio, esqueceram quem eu sou. Estou indo público, estou buscando justiça e vou arrastar o sistema comigo!”.
A coragem de Aja em lutar pela sua identidade é um lembrete poderoso da importância da visibilidade e dos direitos das pessoas trans. Sua história ressoa com muitos que enfrentam discriminação e luta por reconhecimento. O apoio à sua causa é essencial, pois cada passo em direção à justiça é um passo em direção a um mundo mais inclusivo e respeitoso.
À medida que Aja continua sua batalha, é crucial que a comunidade LGBTQIA+ e todos os aliados se unam em apoio a ela e a todos que enfrentam desafios semelhantes. Juntos, podemos trabalhar para garantir que a identidade de cada pessoa seja respeitada e protegida, não importa onde estejam no mundo.