Morreu no último sábado (26) Alberto Guzik, aos 66 anos, vítima de câncer no estômago. Autor, ator, crítico, dramaturgo, escritor e sempre um combatente nas trincheiras do teatro brasileiro, Guzik deixa uma lacuna no cenário atual.
Guzik começou sua carreira como ator mirim aos cinco anos de idade, em 1949. Foi aluno da EAD – Escola de Arte Dramática – nos anos 60, e logo a seguir passou para a cadeira de crítico teatral, escrevendo em diversos jornais paulistanos.
Durante as décadas de 70, 80 e 90 teve importante atuação como crítico, escritor e dramaturgo, até decidir voltar aos palcos. Na década de 2000, passou a ser ator, ligado à companhia teatral Os Satyros, instalada na Praça Roosevelt, centro de SP.
Com Os Satyros, Guzik atuou em "Transex", "A Vida na Praça Roosevelt" e "O Enigma de Kaspar Hauser", entre outras. Antológica sua atuação em "Transex" (2004), dividindo-se em dois personagens – um deles, uma hilária travesti da velha guarda.
Em 2009, ele estrelou "Monólogo da Velha Apresentadora", uma espécie de sátira a certas apresentadoras de TV. Na história, Guzik interpretava uma veterana da TV sofrendo chantagem de ladrões que sequestram sua empregada.
No Twitter, Guzik se definiu assim: "Sou um homem de teatro. E das letras. E das artes, quase todas".
