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Alunos acusam professor de Direito da UFMG de homofobia em sala de aula

Alunos e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) acusam o professor de Direito, José Marcos Rodrigues Vieira, de dar diversas declarações homofóbicas dentro da sala de aula para os estudantes do 5º período.

O professor teria feito no dia 23 de março críticas ao beijo entre as personagens de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, da novela Babilônia, e disse que "graças a Deus existe um pouco de heterossexualidade no Direito".

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Inconformados com as declarações, vários alunos se retiraram da sala e foram chamados de "vagabundos", segundo a petição, por "estarem despreocupados com aquilo que ele ensinava".

Eles fizeram uma petição e um pedido para a reitoria da UFMG de apurar atos preconceituosos no campus da instituição. Representantes do Centro Acadêmico Afonso Pena repudiaram a atitude do professor e disseram que é preciso acabar com o "silenciamento institucional das opressões cotidianamente perpetradas na faculdade". "Atos homofóbicos como o do professor, mascarados como inocentes opiniões pessoal, são extremamente violentos porque contribuem para a inferiorização social da população LGBT".

O professor Marcelo Maciel Ramos também assinou a petição contra a homofobia na faculdade. "A manifestação de desapreço, no exercício de uma função pública como a docência, a um grupo minoritário e vulnerável, ofende não só os alunos para os quais o discurso se dirigiu. Ela ofende, discrimina e inferioriza alunos, professores e servidores técnicos homossexuais. Ela ofende alunos, professores e servidores técnicos heterossexuais comprometidos com a defesa da igualdade, da liberdade e da dignidade da pessoa humana. Ela ofende a própria dignidade universitária os fundamentos do Estado de Direito".

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Segundo reportagem do G1, uma aluna levou as reclamações para o diretor da Faculdade de Direito, o professor Fernando Gonzaga Jayme, que rejeitou a acusação. "Ao sugerirem o afastamento de Rodrigues e insistirem na apuração dos fatos, os alunos teriam ouvido de Jayme que, mesmo que ele indicasse a abertura de um processo administrativo, ele mesmo teria condições de manipular as investigaçõs, de forma a beneficiar o colega docente", diz a reportagem.

O professor continua ministrando as aulas normalmente, mas o clima é de tensão entre vários estudantes, que avaliam trancar a disciplina ministrada por ele. José Marcos Rodrigues Vieira foi procurado sem sucesso pela reportagem do G1 para falar sobre as acusações.

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