A polícia nigeriana lançou recentemente ameaças de repressão devido a uma tendência viral LGBT na rede social TikTok. Essa tendência, que chocou os tradicionalistas e conservadores do país, tornou-se popular entre a comunidade LGBT+ na Nigéria, mesmo diante das rigorosas legislações anti-homossexuais existentes.
Levando em consideração a postura da Nigéria em relação aos direitos das pessoas LGBT+, as ameaças da polícia são um motivo sério de preocupação. No país, as leis punitivas contra a homossexualidade são rígidas, com penas que podem chegar a até 14 anos de prisão.
A tendência no TikTok consiste em jovens e adolescentes que, corajosamente, estão se apresentando em vídeos como LGBT+ na mídia social, desafiando as normas socioculturais da Nigéria. Mesmo em face a uma possível retaliação policial, esses indivíduos continuam a expressar orgulhosamente suas identidades.
O comunicado da polícia adicionou uma camada de medo para os envolvidos na tendência, citando a Lei da Proibição do Casamento do Mesmo Sexo de 2014, que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a formação e a sustentação de sociedades comunitárias LGBT+.
As ameaças da polícia nigeriana foram divulgadas publicamente, gerando uma onda de preocupação e pânico entre a comunidade LGBT+ do país e também no exterior. Grupos de direitos humanos ao redor do mundo expressaram sua preocupação e reprovaram a ameaça aos jovens envolvidos na tendência viral do TikTok.
No atual cenário, onde a homofobia organizada e institucionalizada é legitimada, é necessária uma discussão relevante sobre a violação dos direitos humanos na Nigéria. Ameaças à liberdade de expressão e à identidade individual representam uma afronta direta à democracia e à liberdade pessoal.
Ainda que os riscos sejam altos, esses jovens nigerianos decidiram assumir sua verdade e compartilhar suas histórias, desafiando o medo e a repressão em uma nação onde a existência LGBT+ é criminalizada e penalizada.