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Amor eterno. Existe?

Ao ouvir hoje que amor eterno não existe, me veio uma confusão na cabeça. Pra tentar organizar, tentei chegar a uma decisão, existe ou não existe?

Pensando nos meus amores, posso dizer que o amor a minha mãe só cresce, acho que nunca nos demos tão bem como hoje, e ao contrario da grande maioria das pessoas eu não tenho plano algum de sair de casa, pelo contrario, pretendo quando mudar de casa, levá-la junto.

Quanto os meus amigos de infância, posso dizer a mesma coisa, posso pensar nos vinte anos anteriores, minhas amizades continuam a crescer, nós parecemos cada vez mais ligados e por mais que tenhamos queixas um dos outros, por pior que elas sejam, são irrelevantes, quando penso em quanto eles são importantes.

Por outro lado, também lembro que o amor pode acabar, é só olhar o exemplo do meu pai que perdi contato há quinze anos depois do divorcio com minha mãe, ou de amigos também de infância que não tiveram o mesmo caminho que eu.

Outro exemplo é uma conhecida da minha mãe, deficiente, nove irmãos ricos, foi colocada em asilo, sem receber mais contato da família e pagando o asilo com a própria aposentadoria. Disse pra minha mãe que acho impossível alguém legal, bacana, agradável, receber esse tratamento de nove irmãos, nove cunhados, e uns vinte sobrinhos. Ou seja, o amor acaba. Por mais que não saiba direito o que realmente ocorre por lá.

E o primeiro amor? Porque tem que ser tão foda? Será que os jovens não deveriam ser avisados pra aproveitarem melhor porque pode ser que não se repita mais?

Com mãe e amigos está garantido, mas no romance? Será que sexo com a mesma pessoa durante muitos anos não enjoa, não da vontade de flertar? Não sei. Quem sabe daqui a alguns anos eu não escreva a resposta.

Sobre amor eterno, é verdade, não existe. Tem um pensamento bem cafoninha, mas é pura verdade: Amor é uma plantinha para ser regada todo dia.  Se não regar e tratar com carinho, ela morre.

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