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André Fischer e Erika Palomino discutem necessidade ou não de festivais gays

Há algumas semanas em entrevista a revista A Capa, Suzy Capó, diretora do Festival Mix Brasil, perguntou: "Será que existe um motivo para o festival Mix Brasil continuar existindo?". Não foi apenas um questionamento involuntário. Na tarde desta quinta-feira (13/11), ele foi tema de um debate com o título ‘Gay, e daí?’ no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Na mesa estavam a editora da revista ‘Key’, Erika Palomino, e os produtores da série ‘Alice’, da Gullane Filmes, Fred Avellar e Manuela Mandler com a mediação do diretor do festival, André Fischer.

Para começar a discussão, Fischer usou de gancho um artigo Suzana Velásquez. No texto, Suzana critica a parte gay da Mostra de Cinema do Rio de Janeiro ao afirmar que não deveriam ser criadas seções gays dentro de um festival de cinema. "(…) Os filmes devem ser inseridos num panorama maior, se é comédia, será classificado como tal (…)", leu o diretor do 16º Mix Brasil.

Logo em seguida, Erika já declarou que "é uma crítica à curadoria do festival, mas aqui em São Paulo, o projeto Mix Brasil evita o gueto e abre o olhar das pessoas contra o preconceito. De outra maneira, o rótulo gay vai ser gueto pela sua essência. Isso que ela fez é um pouco de sensacionalismo também".

Surgiu então outra pergunta. O que fazer para um filme gay fazer sucesso com todos os públicos e ganhar prêmios? "Tem que ser mais do que uma história gay", pontua Manuella. Erika também afirmou ter a mesma opinião e acrescentou. "Precisamos de uma imprensa menos idiota". Avellar finalizou com autoridade. "A verdade é que existem histórias gays e heterossexuais. Temos que contá-las e a sociedade tem que perder o preconceito".

Apesar da dúvida sobre a necessidade ou não da continuação de festivais gays não ter sido esclarecida, André Fischer ainda falou das dificuldades em fazer o Mix. "Um festival rotulado como gay afasta telespectadores heterossexuais e os patrocinadores". De acordo com ele são pouquíssimos os filmes do Mix que estréiam depois nas salas de cinema.

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