Anitta voltou a se pronunciar sobre a intolerância religiosa que enfrentou após o lançamento do clipe de seu single “Aceita”. Em entrevista ao TMZ, a cantora brasileira falou abertamente sobre os ataques que recebeu e a importância de defender suas crenças.
“Devemos lutar contra o preconceito, certo? Eu faço isso por um motivo: temos que defender algo correto”, declarou Anitta. Ela revelou que já esperava a reação negativa, mas não se deixou abater. “Acho que devemos apenas defender o que acreditamos. É sobre isso. As pessoas nos deram o poder de ter uma voz. Nós devemos usar isso para algo maior do que apenas ganhar dinheiro”, afirmou.
O clipe, que faz homenagem ao Candomblé, resultou em perda de seguidores nas redes sociais e intensificação dos ataques. Anitta usou seu Instagram para expor a situação e esclarecer equívocos sobre sua religião. “Compartilhar desinformação, piadas e histórias fictícias da Santeria é racismo religioso. Os iorubás, orixás, seus ensinamentos e seu povo merecem respeito como qualquer outra religião”, escreveu.
Ela destacou que muitos amigos sofrem em silêncio com a intolerância religiosa. “Quantos amigos me ligaram em particular quando postei meu vídeo para dizer que essa é a fé deles, mas não têm coragem de ensinar sua religião por causa do que as pessoas inventam. E eu não entendi, mas agora vejo o nível de preconceito de muita gente.”
Anitta ressaltou a importância da educação e da busca por conhecimento para combater o preconceito. “O iorubá vem da cultura africana e tem como principal característica exaltar a natureza (e não ‘fazer rituais para amarrar o namorado’)”, explicou, enfatizando que uma simples pesquisa na internet pode esclarecer muitos equívocos.
A artista também relembrou as perseguições históricas contra os praticantes de religiões de matriz africana, que enfrentaram escravidão, tortura e morte. “Quer dizer… matar e torturar pode… rezar aos orixás, não”, alfinetou.
Concluindo seu desabafo, Anitta reforçou a necessidade de respeito e igualdade. “Hoje menos, mas ainda sofrem ataques em seus templos e ofensas nas ruas. Acredito em Deus, Jesus, orixás e outros. E na minha vida pratico muito mais seus ensinamentos do que pessoas que humilham os outros nas redes sociais”, finalizou.
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