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Anne Heche fala de Ellen DeGeneres

Em uma entrevista publicada em uma edição de domingo da The New York Times Magazine, com o título preconceituoso de “Anne Heche is Playing it Normal Now” (em tradução livre, “Anne Heche joga no time normal agora”), Anne Heche falou sobre seu relacionamento com Ellen DeGeneres, sobre sua mãe e sobre sua dura adolescência como filha de um pai gay que abusava dela sexualmente.

Na entrevista, a atriz ressalta os efeitos da traumática adolescência sobre sua vida amorosa quando adulta. Heche contraiu herpes do pai, que mais tarde se assumiu gay e morreu em 1983, de complicações decorrentes da Aids. Admitiu também que a mãe, uma psicoterapeuta que busca converter homossexuais em heterossexuais, também deixou marcas na sua vida. “Converter homossexuais é uma forma, na minha opinião, de mascarar a verdade… Não há dúvida que minha mãe é contra o amor”, diz.

Heche acredita que sua infância possa ser o que a atraiu em Ellen: “Meu amor era pelo ser humano capaz de ser verdadeiro. A vergonha gera um impacto enorme sobre uma criança: vergonha de quem eu era, de quem meu pai era e da doença que ele morreu, e do ódio de minha mãe com tudo que era gay. Eu tinha que participar de uma celebração de amor verdadeiro, da forma que eu achava que o mundo deveria ser.”

O relacionamento de Anne com Ellen começou em 1997, e terminou após 3 anos, quando Heche passou a namorar o cameraman Coley Laffoon, com quem se casou. Na época, muitas pessoas achavam que o namoro com Ellen era pura publicidade, porém, a relação fez com que parassem de convidar a atriz para papéis principais, sendo “Seis Dias, Sete Noites”, seu último filme como protagonista. Anne afirma não entender como isso pode ter acabado com sua carreira.

“A mensagem da minha vida continua a mesma. Penso que sou uma maravilhosa porta-voz do direito de amar”, disse a atriz à revista.

Agora, pensando bem: falar que ela amou uma mulher só por ter tido uma infância traumática não é lá uma excelente divulgação da naturalidade do amor lésbico, é?

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