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Antártica, filme de abertura do Mix Brasil peca por roteiro desencontrado

Quando subiu ao palco durante a abertura do 16º Mix Brasil, o diretor israelense Yair Hochner parecia tenso. Seu longa, Antártica, exibido na noite de ontem está há quatro meses em cartaz em seu país e já viajou o mundo em festivais como de Veneza.

Antes de o filme começar, Hochner avisou que os primeiros doze minutos poderiam causar certo desconforto nas pessoas. Todo esse tempo do longa é recheado de cenas sensuais. Como num ritual, o dançarino Boaz (Ofer Regirer) aparece algumas vezes levando um homem a cada noite para seu apartamento. Toda manhã, depois que seu companheiro vai embora o rapaz se alonga, toma uma ducha e vai trabalhar.

Três anos depois, o foco da trama não é Boaz, mas sim Omer (Tomer Ilan), um jovem bibliotecário gay, que está sempre em busca de um amor e próximo de fazer 30 anos. A história também gira, e como gira, em torno de mais três personagens: Danny (Yiftach Mizrahi), Miki (Yuval Raz) e Ronen (Guy Zoaretz).

Todos os raazes se conhecem. Danny já namorou Ronen e agora moram juntos, Miki é amigo de Omer e está saindo com Ronen, que acaba conhecendo Omer e saindo com ele também. Por sua vez, Omer está saindo com Danny. Ou seja, o que podia ser um triângulo amoroso não é mais do que relações que se dão sem que os personagens tomem ciência.

A amarração da história e a forma como a “descoberta da proximidade” é tratada chega até a ser previsível. Algumas cenas são despropositadas demais, longas. Outras são engraçadinhas, como a que as mães de todos esses personagens se encontram num salão de cabeleireiro.

Mesmo o filme não tendo agradado parte da platéia, cabe ressaltar aspectos positivos inclusive em sua exibição. Este ano, Israel é o grande homenageado da mostra Mundo Mix dentro do Festival. Dez longas com temática de diversidade sexual são de lá. O que, de longe, mostra uma cena forte de produção cinematográfica sobre o tema.

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