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Antropólogo quer que Igreja canonize índio gay após crime no século 17

O antropólogo, historiador e fundador do GGB (Grupo Gay da Bahia), Luiz Mott, quer dar visibilidade a história de Tibira, um índio tupinambá homossexual do século 17 que foi assassinado por padres portugueses e franceses no Maranhão.

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Mott lança nesta terça-feira (9) às 18h, o livro "São Tiriba do Maranhão, 1614-2014, Índio Gay Mártir", na Biblioteca Central dos Barris, em Salvador, que conta a trajetória do Tibira e planeja vários homenagens.

Juntamente com o livro, ele também postula ao governo do Maranhão um monumento ao índio e à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) uma intercedência ao Vaticano para transformar o índio em santo.

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O motivo? Tibira foi executado por padres capuchinhos em crime de homofobia, que considerava a homossexualidade o "mais torpe, sujo e desonesto pecado" – e, segundo o historiador, é o primeiro caso de crime por discriminação sexual registrado no Brasil. Ou seja, o primeiro mártir gay.

De acordo com o historiador, em matéria do jornal A Tarde, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e outras associações indígenas também apoiam todas as homenagens, inclusive a canonização, do índio tupinambá.

A proposta de Mott pode ter validade se for considerado os discursos gay-friendly de Papa Francisco sobre os gays nos últimos meses, porém aparenta estar fora de cogitação diante da excomunhão de Padre Beto, que foi afastado após defender o casamento entre pessoas do mesmo sexo. 

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