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Anúncio publicado no jornal Folha de Pernambuco compara homossexualidade a pedofilia

Um anúncio publicado nos jornais Folha de Pernambuco e Diário de Pernambuco dessa última segunda (3) causou indignação nas redes sociais. Não é para menos. A peça publicitária da ONG Pró-Vida faz parte da campanha "Pernambuco não te quer". A ONG classifica como "itens" a serem excluídos da sociedade a Pedofilia, o Turismo Sexual, a Exploração Sexual de Menores, a Prostituição e, pasmen, o ‘Homossexualismo’ (sic).

Além de classificar a homossexualidade ao lado de crimes como a pedofilia e a exploração sexual de menores, a tal ONG ainda usa o termo homossexualismo, que deixou de ser usado, já que indicava a homossexualidade como doença.

O site do Fórum Pernambucano Permanente Pró Vida indica que a organização faz parte do movimento "Javé Nossa Justiça", formado por "cristãos". A ONG prega a divulgação, preservação e defesa dos princípios cristãos, éticos e dos bons costumes.

Com uma enxurrada de críticas, a Folha de Pernambuco postou uma nota de esclarecimento na sua página no Facebook. "Com referência ao anúncio publicitário autorizado e pago pelo Instituto Pró-Vida PE, publicado na edição de segunda-feira, dia 3 de setembro, a Folha de Pernambuco afirma que o seu conteúdo de forma alguma reflete a opinião do Jornal. Ao longo dos seus 14 anos, a Folha vem construindo e mantendo uma relação de respeito junto aos seus leitores, focado na promoção dos direitos humanos, inclusive da comunidade LGBT, com quem o jornal mantém diálogo constante", diz a publicação.

O Diário de Pernambuco ainda não se manifestou sobre o anúncio. O site A Capa tentou entrar em contato com a "Pró-Vida PE" através de um e-mail, único meio de contato disponiéel no site da ONG, mas até o momento não obteve resposta.

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) também se manifestou contrária ao anúncio. Toni Reis, presidente da ABGLT, enviou um ofício ao Ministério Público Federal, solicitando a retirada do anúncio do jornal “Folha de Pernambuco” e direito de resposta. Além disso, a entidade pede que o grupo Pró-Vida seja investigado por incentivo ao preconceito, à discriminação, à violência e a assassinatos contra a população homossexual.

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