O novo relatório da Unaids, programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, divulgado nesta terça-feira (14), deu uma notícia positiva ao mundo em geral. Mas bastante preocupante ao Brasil.
+ Saiba quais são as melhores empresas de tecnologia para LGBTs trabalharem
Enquanto o número de infecções por HIV diminuiu em 35,5% entre 2000 e 2014 no mundo (de 3,1 milhões para 2 milhões), o Brasil aumentou os casos no mesmo período (entre 29 e 51 mil casos em 2000 para 31 mil a 57 mil novos casos no último ano).
A justificativa dada sobre o aumento de novos casos – sobretudo entre jovens – é que em alguns países o combate ao HIV iniciou precocemente. E cuja novas gerações não acompanharam os 30 anos de epidemia, baixando a guarda em prevenção, testagem e tratamento.
O relatório, que se chama "Como a Aids mudou o tudo", revela que a meta dos Objetivos do Milênio, estabelecido pela ONU em 2000, de tratar 15 milhões de pessoas com HIV até 2015 foi cumprida. Ao todo, 36,9 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo.
+ Coca-Cola lança campanha que fala sobre amizade de hétero com gay
Agora, a meta é mais ousada: acabar com a epidemia de HIV em 2030. Em 2020, espera-se que 90% das pessoas infectadas sejam diagnosticadas e que 90% receba tratamento com antirretrovirais e que 90% das pessoas em tratamento tenham a carga viral zerada. Segundo Giorgiana Braga-Orillard, diretora do Unaids no Brasil, a meta não significa eliminar todos os casos de infecção, mas que ela passe a ser uma doença controlada.
Em reportagem ao Bem-Estar, ela declarou que apesar do aumento de casos no Brasil, o país colaborou para o combate do HIV/Aids no mundo ao colocar bem cedo o tratamento e baixar em até 90% os preços dos medicamentos. "Ao lado da Tailândia, o Brasil começou a produzir o tratameno genérico e demonstrou para o mundo que era possível".