in

Apesar do avanço da medicina, os números de mortes e novos casos da doença ainda são assustadores

Uma das maiores epidemias que já assolou – e continua a assolar – os seres humanos completou 25 anos em agosto passado. Os números de novos infectados e mortes são assombrosos. São registradas cerca de oito mil mortes por dia e o número de novos casos atingiu, em 2005, a marca de 4,1 milhões. A despeito dos números desanimadores, o diretor da UNAIDS (órgão das Nações Unidas para a Aids), Peter Piot, se mostra otimista. “Nós temos que nos focar nos bons resultados. Precisamos fazer isso para provar que a Aids é um problema com solução. Vários países tiveram sucesso em seus programas de prevenção e nunca se teve tantas pessoas em tratamento como agora”. Celebridades O ator britânico Ruppert Everett, assumido e ícone gay em Hollywood, já estrelou diversos blockbusters, entre eles o “O casamento do meu melhor amigo”, ao lado de Julia Roberts. Somando-se a isso seu reconhecido ativismo em ONGs de combate à Aids, A UNAIDS o escolheu como representante especial do órgão. “Estou sinceramente honrado em trabalhar com a UNAIDS para enfrentar os desafios colocados pela Aids e ajudar a encontrar soluções”, declarou Everett. “Eu já perdi pessoas amadas para a epidemia e vi com meus próprios olhos o que a Aids e o preconceito podem fazer”, completou o ator. Nos trópicos Assim como nas estatísticas mundiais, o Brasil também apresenta números eloqüentes que mostram que a epidemia ainda é um dos maiores problemas da saúde pública. São 600 mil infectados e 175 mil pessoas em tratamento. Todos os dias, 30 mortes e 87 novos casos são registrados. A lei n° 9313/96O tornou o Brasil referência no tratamento e prevenção no avanço do HIV. Todos os doentes têm assistência integral através do SUS (Sistema Único de Saúde) e garantia de acesso aos medicamentos anti-retrovirais. Jornais franceses citaram o Brasil como exemplo de sucesso. O periódico “Les Echos” disse que “em matéria de luta contra a Aids, o Brasil faz um pouco o papel de estrela”. Para homenagear as pessoas que vivem com a doença, hoje 700 pessoas formaram o laço símbolo da luta contra a Aids na Esplanada dos Ministérios (FOTO), em Brasília, como parte da instalação “Contatos”, de Bia Lessa. A cura O fim da AIDS ainda é uma quimera e devemos começar a pensar em termos de décadas e gerações de infectados ainda. Apesar do avanço da medicina na descoberta de novos medicamentos que amenizam os sintomas da Aids e até mesmo que podem neutralizá-los, o famoso “coquetel”, a melhor forma de prevenção é ainda o uso da camisinha e uma vida sexual responsável. Seja você gay, hétero, lésbica ou transgênero.

Transmissão de mãe para o bebê ainda não caiu no Brasil

Disponivel.com faz 4 anos e comemora com festa, novo layout e novos projetos